Amanhã eu te amarei
“Love me, Tomorrow”
Meg Chittendon
(1985)
Capítulo I
Ele tomou o avião em Chicago. Petra, esperando para checar-lhe o cartão de bordo, teve tempo de observá-lo com atenção. Era alto, magro, com ombros largos, como quem
pratica esportes. Vestia um terno azul-marinho, de talhe perfeito, camisa branca, impecável, e gravata escura. O cabelo claro, no entanto, caía, rebelde, sobre a
testa. Carregava uma maleta de couro.

por causa do queixo quadrado, bem marcado. Uma aura de
poder o envolvia. Poder e dinheiro. Automaticamente, ela traçou
o perfil daquele homem. Executivo, ambicioso, determinado.
Trinta e poucos anos, não mais do que isso.
Era fácil imaginá-lo na cabeceira de uma imensa mesa, numa importante reunião de diretoria. Petra quase podia ver o escritório decorado com austeridade e os outros
homens prestando atenção absoluta ao que ele falava. Claro, nenhuma mulher presente.
Uma ponta de mágoa surgiu no coração dela, ao pensar que eram homens como aquele que tornavam sua vida tão difícil. Sempre acreditara na Capacidade de trabalho
das mulheres. Lutava por posição social melhor, pelo reconhecimento de sua eficiência como aeromoça. Mas não era raro enfrentar resistências masculinas; a maioria
dos homens não aceitava vê-la empenhada no serviço com tanto profissionalismo.
Foi como se um alarme soasse no seu íntimo: "Afaste-se dele a qualquer custo".
A fila caminhava devagar e alguns minutos depois o homem estava à sua frente, entregando o cartão de embarque. Foi quando Petra notou que estava sendo analisada
com a mesma intensidade. Ele a devorava com os olhos, como se pudesse ver sua pele nua através do tailleur azul-marinho.
Um pouco embaraçada, ela ajeitou o laço caído sobre a blusa vermelha.
- Olá, Petra McNeil - o homem disse, verificando-lhe o nome no crachá, colocado sobre o seio esquerdo.
O cumprimento foi familiar demais, íntimo demais, até provocador. De qualquer maneira, Petra não estava com disposição para aturar brincadeirinhas de passageiros,
mesmo vindas de um homem bonito e atraente. Sentia-se cansada, depois da festa de despedida que os amigos haviam preparado na noite anterior. E, além disso, esse
voo de Seattle a Boston, com escala em Chicago, já tinha lhe dado problemas suficientes.
- Boa tarde, senhor - ela respondeu friamente, de modo profissional. Verificou o cartão de bordo dele. Primeira classe.
- Você teria uma chance de... - ele começou, mas Petra não deixou que continuasse. Deu um passo atrás,
mostrando-lhe o assento 3A.
Mas ele não se moveu.
- com licença, senhor - ela falou, já se virando para o próximo passageiro.
Ele continuou imóvel. Só que agora tinha um sorriso maroto entre os lábios.
Petra se irritou. O homem agia como se ela tivesse a obrigação de reconhecê-lo. Seria um artista? Alguém famoso? Esperava algum tipo de consideração especial?
Ora, para o inferno! Tudo o que tinha a fazer era ser gentil com os passageiros e cumprir suas tarefas. Atenção extra não estava prevista em seu contrato, mesmo
em se tratando do presidente da República. Então, por que ele continuava em pé, sorrindo, sem dar um passo sequer à frente?
Tentou ignorá-lo, mas, por uma razão inexplicável, foi impossível. Parecia comandada por um magnetismo mais forte que
sua própria vontade. Pior que isso, uma espécie de arrepio lhe percorria a espinha, ao sentir que ele não desgrudava os olhos de seu corpo. Aquele homem tinha o
estranho poder de perturbá-la.
Há muito tempo não sentia uma atração por homem nenhum. Aliás, vinha evitando sistematicamente qualquer situação perigosa. Nunca estivera tão certa de que não era
hora de se aproximar do sexo oposto. Pelo menos por enquanto.
Finalmente ele resolveu tomar seu lugar. Petra relaxou e recobrou a compostura.
Mais tarde, quando demonstrava os procedimentos de emergência, sentiu os olhos dele de novo cravados em seu corpo. A sensação era péssima, fazia lembrar aqueles
pesadelos em que caminhava sem roupa no meio da multidão. Começou a ficar brava. Melhor assim. Na raiva havia uma certa segurança.
Porém a atração era forte demais. Quase sem consciência, ela também o observava. Agora via as suaves rugas no meio da testa, uma mais profunda entre os olhos e outras
duas descendo pelos cantos da boca. Por que diabos os homens ficavam muito mais fascinantes, ao atingirem a maturidade?
Quando percebeu, estava com o olhar fixo na boca dele. Simplesmente não podia evitar. Os lábios eram grossos, bem desenhados, sensuais. Lábios feitos para um beijo.
Santo Deus, o que estava acontecendo com ela afinal? Por que o coração batia tão apressado? Por que não conseguia ignorar a presença daquele homem? Droga!
Sentada para a decolagem, Petra inspirou profundamente, expirando depois com bastante calma. Era uma forma de relaxamento que um médico amigo lhe havia ensinado.
Tem algumas peculiaridades nesse livro. O mocinho é mega romântico e logo se diz apaixonado, mas dá a impressão que não quer casar e que só quer ficar juntos e transar e tal, mas com o desenrolar vai se mostrando um perfeito babaca. O casamento terminou porque a esposa deixou a profissão para se dedicar a ele e ele não gostou disso. Oi? Ok eu sou contra essa atitude das mulheres, mas ele não gosta é no minimo medonho, quando a esposa se manda, ele vai atrás dela e diz que ela é infantil. De novo... oi?
ResponderExcluirA mocinha não era virgem, mas a primeira vez que gozou foi quando transou com o mocinho. Isso é infantil e tosco. Qual o problema de uma mulher gozar? Só o mocinho é macho o suficiente? Que besteira.