Guerra de amor
For adults only
Charlotte Lamb
Coleção Sabrina, nº 392
Série
Romances Nova Cultural, 1984

CAPÍTULO 1
Um ruído irritante despertou Suzanna do sono profundo em que estava mergulhada. Alguns segundos se passaram antes que ela se desse conta de que fora a campainha, chamando-a com insistência, que, sem remorsos, a arrancara do mundo colorido dos sonhos. Tateou no criado-mudo à procura do despertador. O mostrador marcava nove horas: mais uma vez ela dormira demais!
— Já vou — resmungou. — Só um minuto!
Quem diabos poderia ser? Não acreditava que fosse Johnny. Era cedo demais para ele aparecer.
Deu uma parada em frente ao espelho do corredor e fez uma careta,
— Que figura! — gemeu, pesarosa.
Seu rosto estava marcado pelo travesseiro, os olhos inchados de sono, os cabelos emaranhados. Ajeitou-os rapidamente com os dedos, lamentando não ter tempo para melhorar a aparência. A maldita campainha não parava de tocar.
Quando finalmente atendeu a porta, deparou-se com um homem que não devia estar num de seus melhores dias. O rosto tenso, a boca apertada num traço fino mostravam claramente uma expressão carrancuda e zangada. Além disso, os ombros largos e o corpo atlético mal pareciam caber no espaço da porta. Eram francamente ameaçadores.
— Suzanna Howard?
— Sim. Quer fazer o favor de tirar o dedo do botão da campainha? Estou ficando com dor de cabeça.
O homem obedeceu, embora parecesse não ter nenhuma pressa em fazê-lo.
Suzanna nunca o tinha visto, mas já estava ciente de três coisas: ele era grande demais, era um mal-educado e ela não ia nem um pouco com a cara dele.
— O senhor deseja alguma coisa? — perguntou, apertando a gola do robe, ao perceber que os olhos verdes a percorriam de alto a baixo.
Nesse momento, lembrou-se de sua imagem no espelho e não se espantou ao notar que as sobrancelhas do homem estavam erguidas, demonstrando surpresa. Porém, o sorriso desdenhoso no canto da boca a irritou.
— Sou Neil Ardrey — limitou-se ele a dizer, como se isso explicasse tudo.
— E daí? — retrucou ela, malcriada.
— Não vá dizer que não sabe quem sou!
— Não sei mesmo. Nunca ouvi o seu nome antes. Posso ajudá-lo em alguma coisa, sr. Ard...
— Ardrey.
O homem pronunciou o próprio nome bem devagar, como se estivesse sentindo dificuldade em controlar a raiva, e Suzanna se arrependeu por haver escancarado a porta. Deveria, pelo menos, ter deixado o trinco fechado. No entanto, pensava, como poderia adivinhar que, ao abrir a porta numa ensolarada manhã de domingo, iria se deparar com o "Incrível Hulk"?
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Ótimo. Amei
ResponderExcluirLindo. Leian vocês vão amar
ResponderExcluirLindo romance, super recomendo.
ResponderExcluirÓtimo
ResponderExcluirParece que atropelaram o meio pro final do livro… achei esquisito!
ResponderExcluirNão consigo mais baixar nenhum livro.
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