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domingo, 23 de setembro de 2012

NO ESCURO

NO ESCURO
PAMELA BURFORD
TÍTULO ORIGINAL: IN THE DARK


Um adorável engano...

Brody Mikhailov esperava encontrar uma cesta de frutas em um quarto de hotel. Mas talvez o blecaute em Nova York merecesse atenção especial. Havia uma mulher em sua cama. Uma mulher quase nua que insistia em promover um encontro todo especial...
Tarde demais, compreendeu o que havia de especial naquele encontro!

Cat Seabright havia decidido que o primo de sua melhor amiga era o pai ideal para o bebê que tanto desejava, um homem que só encontrara uma vez e de quem mal se lembrava. Mas, no escuro, ela não percebeu que estava em companhia de um estranho apaixonante. Um estranho que à luz do dia, queria muito mais...
Tarde demais, descobriu que ele não era o homem que esperava encontrar. Mas que gloriosa engano foi aquele!...
CAPÍTULO 1


Sim, estava um pouco nervosa, Cat Seabright admitiu para si mesma enquanto enxugava as mãos úmidas no vestido Por que negar? O que aconteceria no apartamento naquela noite mudaria sua vida para sempre. Era o que esperava.
Chegue de uma vez, Greg. Venha logo e vamos fazer o que deve ser feito antes que eu perca a coragem.
Não. Não perderia a coragem. Seria estranho e mecânico, sem dúvida, mas o que importava era o resultado final.
Distraída, Cat teve a impressão de um edifício ao norte desaparecia subitamente, como se todas as janelas se apagassem. A impressão confirmou-se quando um segundo edifício também sumiu. Em segundos todo o norte da cidade mergulhou na escuridão. Depois foi a vez do oeste se apagar de uma só vez, e em seguida a região onde estava também escureceu.
O ar-condicionado silenciou e Cat ficou onde estava.
— Um blecaute — sussurrou. O calor do dia devia ter causado uma sobrecarga no sistema de fornecimento de energia da cidade.
Na rua, as pessoas gritavam, aplaudiam e assobiavam, manifestando aprovação ou desgosto.
Um blecaute. Sem elevador, Greg teria de subir vinte e dois andares pela escada para encontrá-la. A idéia arrancou de seu peito uma gargalhada nervosa e ela atravessou o terraço, cujo piso de lajotas lembrava um forno de pizza sob seus pés descalços.
Oh, sim, era ela, a mulher mais atraente da cidade. Aquela por quem qualquer homem atravessaria o continente antes de subir vinte e dois andares pela escada. E com bagagem. Lá estava ela, a princesa de contos de fada em sua torre inacessível, lançando um teste de resistência física para todos os príncipes interessados em pedir sua mão em casamento.
Casamento não, ela lembrou, entrando na sala fresca e escura e caminhando com cuidado até o sofá. Fora preciso muito tempo, trinta e oito anos, para ser bem precisa, mas Cat eventualmente desistira do sonho. Só havia uma coisa que desejava de verdade na vida, e já esperara muito tempo por ela.
Precisava de velas, decidiu, caminhando na direção da cozinha e batendo o joelho na mesa de mármore que ficava em um canto da sala.

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