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sábado, 22 de setembro de 2012

Romance grego - Desejo 103 - Tessa Radley

Romance grego 
 Desejo 103 
Tessa Radley

O plano de sedução de Rebecca Grainger antes da noite do casamento de Damon Asteriades quase o arruinara. O milionário tinha conseguido não pensar nela durante anos, até as circunstâncias o forçarem a trazê-la de volta à propriedade da família. Não havia razão para se envolver com a mulher que a sociedade chamava de "Viúva Negra", a não ser a intensa paixão que ardia entre eles... e um segredo de três anos, que ela fazia questão de esconder...
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CAPÍTULO 1

Como tudo pode ter dado tão errado?
Rebecca Grainger envolveu o estômago com os braços, sentindo a náusea tomar seu corpo. Se pudesse ao menos parar de pensar no assunto, talvez a sensação de enjôo na boca do estômago diminuísse. O casamento era prioridade dela, disse Rebecca a si mesma. Concentre-se nele. Já haviam lhe pagado para organizá-lo inteiramente, recebera o cheque na noite anterior.
Noite passada. Aquele beijo.
Não, não pense sobre a noite passada. Concentre-se no casamento. Uma festa dos Asteriades. Um olhar desesperado recaiu sobre as mesas carregadas de talheres de prata e copos franceses do século XIX, finos vasos de cristal, cada um dos quais dispondo de seis maravilhosas rosas brancas de caule longo, postos sobre a mesa.
Claro, tinha recursos inumeráveis a seu dispor, nenhuma despesa fora poupada para o casamento de Damon Asteriades. O teto abobadado do salão de festas do San Lorenzo Hotel de Auckland fora envolvido por tecidos drapeados para criar uma atmosfera lúdica e romântica, de conforto. Grinaldas de hera e rosas brancas de estufa cobriam as paredes, preenchendo o salão com um cheiro embriagante. Castiçais de latão pregados às paredes acrescentavam brilho íntimo, e o amplo cômodo fora aquecido para que as mulheres pudessem mostrar uma quantidade impressionante de vestidos sofisticados, feitos a mão, ainda que um gelado vento de inverno soprasse lá fora.
No centro da pista de dança vazia, Damon Asteriades fazia uma manobra graciosa, girando a noiva aos acordes melodiosos da valsa Danúbio azul, seus cabelos negros próximos ao louro claro dela. Era um homem cem por cento lindo e grego, do topo da cabeça de cabelos escuros à ponta dos dedos bronzeados, com uma cabeça esquentada de homem grego, seguro de que estava sempre certo. E naquele exato momento Rebecca desejou que ele estivesse a um milhão de anos-luz de distância.
— Meu filho é um tolo.
Ao ouvir a voz de Soula Asteriades — mãe de Damon e viúva do poderoso Ari Asteriades — , Rebecca sorriu e disse:
— Damon não gostaria dessa descrição.
— E olhe para você, Rebecca! Minha querida, você tinha que usar escarlate? Como se fosse uma bandeira vermelha agitada para um touro? — Soula suspirou. — Esse maldito vestido só vai alimentar as histórias que as pessoas contam e aumentam a cada vez que recontam.
Rebecca riu e fitou o extravagante vestido Vera Wang que ela vestia.
— Deixe que falem. Não me importo. Ao menos não estou roubando o brilho da noiva me vestindo de branco.
— Mas deveria. Você ficaria linda de noiva. Se Ari estivesse aqui, teria enfiado algum juízo na cabeça daquele garoto.
Em choque, Rebecca olhou para a mulher mais velha.
— Soula?
— Esse casamento é um engano, mas agora é tarde demais. Meu filho fez sua escolha e agora deve lidar com ela. É a última coisa que digo. — Soula desapareceu entre a multidão que as rodeava.
Desconcertada, Rebecca voltou à atenção para a pista de dança. Damon escolheu aquele momento para uma incomum exposição de afeto em público, dando um beijo sobre o topo da cabeça da noiva. A noiva levantou o rosto, revelando surpresa, mas nada do brilho de felicidade que era esperado. Rebecca não conseguia parar de desejar que Damon estivesse sofrendo como ela estava naquele momento.
Não suportava ver a cena. Fechou os olhos. A cabeça doía com uma mistura de tensão interna, o estresse do dia e o resíduo do vinho da noite anterior. Queria que o casamento houvesse acabado. Terminado. Para que pudesse tirar aquele gosto amargo de traição da boca.
— Venha. Chegou a hora de nos juntarmos a eles.
Os pensamentos dolorosos de Rebecca foram sacudidos por um toque em seu braço frio e úmido, e ela tomou consciência súbita de que a música que um conjunto sofisticado tocava sobre o palco estava acabando. Sawas, irmão do noivo e padrinho, a fitava em expectativa.
Rebecca forçou um sorriso.
— Desculpe-me, Sawas. Eu estava longe.


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6 comentários:

  1. Romance denso, com muitos conflitos e mocinho ogro.
    Gostei muito e já reli várias vezes.

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  2. Bota ogro nisso!
    O mocinho é puro preconceito!
    A história é boa. Vale a pena!

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  3. Horrível! Não se trata um pano de chão como o Damon trata a tapada da Rebeca. Que mocinha tola, resignada. Não entendo como uma mulher permite que a tratem assim, por que existe na vida real, comigo ele comeria o pão que o diabo amassou.
    Não curti a leitura.

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  4. Já li e apesar do sofrimento e da "ogrice", gostei muito!

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  5. OLÁ!EU NÃO CONSIGO LER NENHUM LIVRO NESSE BLOG .NÃO CARREGA.O QUE POSSO FAZER PORQUE NESSE BLOG TEM MUITOS LIVROS QUE GOSTO SÓ QUE NÃO BAIXA.OBRIGADA AGUARDO RESPOSTA.

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