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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Taylor Caldwell e Jess Stearn - O Romance da Atlântida


O Romance de Atlântida - Taylor Caldwell, Jess Stearn
Enquanto eu viver a Atlântida será minha, A linda e sensual Imperatriz da Atlântida aguardava os embaixadores estrangeiros. Ela conhecia inclusive o motivo da visita. Somente se casasse com o Imperador que eles representavam, a Atlântida estaria a salvo da invasão. Ela odiava aquele homem, mas tinha de respeitar o seu enorme poder. Imaginou então um plano bem simples. Ela lhe daria a sua encantadora e virginal irmã em casamento. Como só a morte poderia afastá-la do trono, ela nunca seria forçada a entregar a sua idolatrada Atlântida enquanto vivesse.




 CAPÍTULO 1


O Imperador tinha 200 anos de idade e, mesmo com a câmara de 
rejuvenescimento, poucos viviam mais do que 200 anos em Atlântida. 
Seus olhos fogosos estavam amortecidos, vincos de dor sulcavam-lhe o 
rosto cansado. A testa estava perolada de suor, e um eunuco moreno 
enxugava-a a intervalos com um lenço de seda de bordas douradas. Ao 
redor da garganta, o Imperador trazia uma corrente de ouro, presa na 
frente por uma gema cristalina de sete cores, que renovava a energia aos 
muito cansados. Suas mãos, antes possantes, estavam dobradas sobre o 
peito, resignadamente. Um médico de ar solene estava atrás da grande 
cama imperial, expressando a nota correta da preocupação. O Imperador 
já havia mandado chamar as duas filhas, Salustra, a mais velha, estava no 
alvorecer glorioso de uma feminilidade sazonada; Tyrhia ainda era uma 
criança, com uma silhueta de garoto. Os olhos febris do pai fixaram-se 
nelas com intensidade apaixonada. Salustra! Haveria algo mais 
magnífico do que essa moça? Ela não era diferente da mãe, graças aos 
deuses eternos! Pois a mãe, a incomparável Máxima, fora aristocrata até 
o seu âmago impenetrável, Salustra era alta, para uma mulher, e sua 
silhueta digna de dar uma pausa à imaginação. Possuía os olhos do 
Imperador, faiscantes de vitalidade. Sua pele era pálida e limpa; tinha 
um sinal de nascença no alto da maçã do rosto, que ficava escarlate 
quando ela se agitava. A boca, embora orgulhosa, era cálida e 
convidativa. O cabelo fulvo, que lhe chegava aos joelhos, tinha um brilho 
que parecia captar os raios do sol. O branco pescoço era como uma 
coluna que se erguia orgulhosamente dos ombros de mármore, forte e 
flexível, dando-lhe um porte de rainha. 

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