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terça-feira, 28 de agosto de 2012


Uma Nova Chance para o Amor
Best Man's Conquest
Michelle Celmer

Ele podia ser o padrinho do casamento, mas Dillon Marshall, magnata do petróleo, não precisava ser bonzinho com os demais convidados. E muito menos com uma convidada em particular: sua ex-mulher, Ivy Madison. Embora tivessem se separado em circunstâncias bem menos que amigáveis, ela ainda era uma tentação. Assim, ele arquitetou um plano para esquecê-la de uma vez por todas: seduzi-la novamente... e abandoná-la..
CAPÍTULO UM

Seu marido anda cercando você e dizendo querer voltar? Ele acha que pode convencê-la a aceitá-lo novamente em sua vida? Não caia nessa! Repita comigo: os homens não mudam. 
— trecho de O Guia Moderno da Mulher Divorciada (A Alegria de Permanecer Solteira)

Ivy Madison não era uma pessoa violenta, mas quando o homem "surpresa" do qual vinha ouvindo falar há três meses — aquele parecido com seu miliardário ex-marido — desceu da limusine, começou a montar um plano miliardário para matar a prima Deidre.
Não, não podia ser ele.
Blake, o noivo de Deidre, supostamente estava no aeroporto buscando o padrinho de casamento. Não havia chance de a surpresa planejada por Deidre, o misterioso padrinho por quem Ivy se apaixonaria, ser Dillon Marshall! Não havia a menor chance de Deidre supor que ela ficaria no altar, muito menos que passaria uma semana antes da cerimônia na vila mexicana, com o maior erro cometido na vida e do qual escapara.
Ou supunha?
Talvez a surpresa fosse o padrinho ser parecido com Dillon. É, devia ser isso. Dariam boas risadas, Ivy relaxaria e aproveitaria as primeiras férias de verdade desde o lançamento de seu livro.
Uma daquelas estranhas e esquisitas coincidências.
O homem que não podia ser o seu ex tirou os óculos ray-ban, revelando um par de familiares olhos azul-acinzentados, sedutores, de longos cílios. Olhos capazes de fazê-la se desmanchar com uma simples olhada, reduzir seus joelhos a gelatina e os miolos a ovos mexidos.
Ai, m...
Foi tomada por uma explosão de emoções, com a velocidade de uma tempestade tropical, embaralhando-lhe os neurônios e dando nós em sua garganta.
Saiu da janela e fitou a prima, buscando uma explicação. Uma garantia de que aquele homem não fosse quem parecia ser.
Deidre, com olhar culpado, pronunciou uma única palavra:
— Surpresa! Ah, não.
O coração de Ivy batia tão forte que parecia um tambor. Os joelhos pareciam prestes a ceder e o bagel que comera no café-da-manhã dava a impressão de querer sair pela boca. Isso não podia estar acontecendo. Havia uma ótima razão para ter passado a última década tentando evitar Dillon.
Tonta, sentou-se no sofá. Olhou pela janela e viu os homens retirando a bagagem de Dillon do porta-malas. Em breve entrariam. Deidre se sentou do outro lado do sofá, longe o bastante para evitar, com sorte, um soco.
— Sei que provavelmente vai querer me matar, mas posso explicar.
Ah, isso mesmo, definitivamente precisava morrer. Uma morte lenta e sofrida. Devorada por abelhas africanas ou sugada por um milhão de sanguessugas.
— Deidre, o que você fez?
— Tenho uma ótima explicação.
Não havia ótimas explicações. E a Ivy só restava uma opção. Juntar todas as suas coisas, fugir pelos fundos e pegar o próximo voo para o Texas.
Fez uma lista mental de seus pertences e tentou calcular quanto tempo levaria para enfiar tudo na mala.
Ah, pro diabo com as roupas. Tinha muito mais em casa. Só precisava do laptop e da bolsa. Podia pegar os dois e sair pela porta dos fundos em dois minutos. Dillon não poderia... A não ser que...
Ah, não, não era possível.
— É uma surpresa para ele também?
Deidre mordeu o lábio superior, abaixou os olhos e Ivy sentiu o bagel subindo pela garganta.
— Deidre, queridinha, diga que ele não sabe que estou aqui. A cor sumiu do rosto.
— Deidre?
— Ele sabe.

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