A ÚLTIMA CARTA DE AMOR - JOJO MOYES
Autor: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 378
Avaliação:
(Skoob)
Londres, 1960. Jennifer Stirling acorda em um hospital, sua memória não é das melhores, ela não sabe quem são as pessoas que estão a sua volta.
Quando recebe alta, Jennifer retorna para sua casa, com seu marido. Nada ali faz sentido para ela. Jennifer não reconhece a casa imensa, as roupas maravilhosas que estão em seu armário, e nem mesmo seu marido Laurence, com quem está casada há quatro anos.
Jennifer se esforça para se habituar, começa a reorganizar cada cômodo da casa, com a ajuda de sua governanta, Sra. Cordoza. Essa arrumação é uma tentativa de se lembrar de tudo o que viveu ali, e se livrar da incomoda sensação de que algo lhe foi escondido.
Em meio a organização, Jennifer encontra uma carta de amor, endereçada a ela, e tendo apenas a letra B como assinatura. Espantada Jennifer constata que tinha um amante, e quando descobre outras cartas escondidas pela casa ela percebe que os dois se amavam demais, e que ela estava disposta a fugir com ele. Ela luta então, desesperadamente, para se lembrar dele.
“Estarei na Plataforma 4, Paddington, às 19h15, sexta-feira à noite e nada no mundo me faria mais feliz do que você encontrar coragem para vir comigo. (...) Saiba que você tem meu coração, minhas esperanças em suas mãos.
Seu,
B” (Página 22)
Londres, 2003. Ellie Haworth precisa encontrar, nos arquivos do jornal onde trabalha, uma grande matéria. Em meio a tantos papeis irrelevantes ela encontra a carta de B para Jennifer, e se identifica imediatamente. Ellie vive um relacionamento com um homem casado.
A jornalista então se vê obcecada pelas cartas, e enquanto tenta dar um jeito em sua vida pessoal conturbada, ela busca uma maneira de encontrar os protagonistas das cartas e descobrir se eles ficaram juntos ou não.
"Dizem que a paixão arde por uma razão, e, quando se trata de casos, os protagonistas não são os únicos que saem machucados." (Página 336)
A última carta de amor é o livro mais lindo que li em 2012, até agora. É marcante, comovente, apaixonante e vibrante. Jojo Moyes soube como mexer com as minhas emoções.
O livro é narrado em terceira pessoa, sob o ponto de vista de vários personagens, em especial Jennifer e Ellie. Não existe uma separação de tempo, o próprio capítulo inicia de forma que fique fácil saber quem está narrando, e em qual ano. Cada capítulo é inciado com um trecho de uma carta, e-mail ou mensagem de texto. Isso acrescentou ainda mais beleza a trama.
Vocês sabem que eu não gosto muito de livros onde o adultério é valorizado, isso me deixa irritada. Mas, neste caso as coisas são um tanto diferentes. Jennifer viveu esse romance em 1960, onde o divórcio não era tão simples quanto hoje, e aqueles que optavam por se separar tinham a vida devastada.
O romance proibido de Jennifer e B é lindo, foi possível entender o que levou a protagonista a se apaixonar por outra pessoa.
“Goste dele, se precisar, meu amor, mas não o ame. Por favor, não o ame.
Egoisticamente seu, B” (Página 99)
O livro é repleto de desencontros, sofri, chorei e ri com cada personagem. Era como se eu estivesse passando por cada situação, juntamente com os protagonistas.
Ellie é uma boa personagem, mas me irritei um pouco com ela em boa parte do livro, ela só ganhou minha simpatia total depois de diversos acontecimentos. Quem brilhou para mim foi sem dúvidas Jennifer e seu amado B. Quando o livro terminou, eu desejava saber ainda mais sobre eles.
A última carta de amor virou favorito na minha estante, me encantei pela narrativa de Jojo Moyes. A autora nos prova que existe muito mais por trás do amor, e que quando ele é verdadeiro, pode durar para sempre, não importando as circunstâncias.
Adorei a forma como a história termina, foi impossível não me emocionar. Se você gosta de romances, A última carta de amor é uma leitura obrigatória.
comentario tirado de http://www.livroseblablabla.com/2012/07/ultima-carta-de-amor-jojo-moyes.html
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Aquele olhar só poderia ser interpretado de uma maneira: desprezo. Claro, pensou Alexandra, as pessoas se dizem abertas, liberais, mas, na hora de enfrentar situações que fogem do convencional, mostram as garras. Sabia que Richard a achava atraente, disso não tinha dúvida. Só que no momento em que ele soube que ela era mãe solteira os traços de seu rosto endureceram, seu entusiasmo esmoreceu. Alexandra odiava Richard! Tinha vivido todos aqueles anos com a filha, achando que finalmente encontrara a paz. Mas agora... Maldito Richard! Odiava aquele homem de profundos olhos azuis e estonteante magnetismo. Odiava-o por fazê-la sentir-se mulher, por acabar com sua tranquilidade, por amá-lo loucamente....jpg)
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