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sábado, 6 de julho de 2013

LUA AZUL CLAUDIA PERA




No centro agitado de Nova York ou perdida nos recônditos da selva Amazônica colombiana, Thèrese continuava se sentindo "péssima. Vivera maus momentos nas últimas semanas e num impulso viajara para uma louca aventura em suas férias forçadas. Férias de sua vida, de seus problemas. Nessa viagem rume ao desconhecido, carregando dentro de J apenas a certeza de que deveria lutar com todas as forças para manter-se no controle de sua vida antes tão simples e organizada, jogou-se de corpo e alma à procura de um consolo
para sua alma amargurada. Mas o destino lhe reservara surpresas assustadoras, como o mistério dos olhos acinzentadas
daquele traficante de drogas por quem se via interessada. Interessada? Não. Perdidamente apaixonada. Se antes já estava desorientada, agora passava por algo mais perigoso e destrutivo, algo violento demais para ser controlado e que confrontava diretamente com tudo o que sempre cultuara e que poderia arruinar sua vida...



CAPÍTULO 1

O sol brilhava lá fora e o céu continuava azul, sem nenhuma nuvem a turvar o horizonte.
O dia estava lindo, esplêndido. Totalmente indiferente à acirrada luta entre a vida e a morte que se desenvolvia no centro cirúrgico do General Hospital, em Nova York.
Por ser um dos maiores e mais bem equipados hospitais do mundo, a competência de seus médicos e cirurgiões era amplamente reconhecida.
As paredes imaculadas da grande sala assistiam cenas desesperadoras naquela manhã, quando no interior austero do centro cirúrgico o suor escorrida pela fronte da jovem cirurgia que ouvia atenta aos últimos relatos dos sinais vitais de seu pequenino paciente.
Ele estava sendo submetido a uma delicada cirurgia para estancar a terrível hemorragia interna.
O acidente automobilístico que sofrerá momentos antes causara danos fatais a seus órgãos internos.
Seus pais, apesar a gravidade do acidente, pouco sofreram e encontravam-se internados apenas para observações, já que seus arranhões e hematomas não representavam nenhum perigo à sua integridade física.
Mas o pequeno Michael, que por um descuido irresponsável encontrava-se sentado no colo de sua mãe no banco de passageiro ao lado do motorista fora, com o impacto da batida remetido vários metros à frente saindo pelo vidro dianteiro do automóvel, o que lhe causara todos aqueles ferimentos internos.
O acidente dera-se na auto-estrada que ligava Nova York a Filadélfia, ocasionado por um motorista bêbado que nada sofrerá e que já encontrava-se detido.
No centro cirúrgico o silêncio pronunciava o triste desfecho que todos esperavam para o garoto que não tinha mais do que cinco anos.
Sem deixar-se levar pelos diagnósticos sombrios que as radiografias e os exames apresentavam a Dra. Thèrese Ryan lutava com todo o seu conhecimento para salvar o pequenino, numa luta desleal que travava naquele momento com sua pior adversária. A morte.
Suas mãos firmes operaram com maestria e começava as suturas da pele consciente de que fizera o possível naquela situação.
De repente, em contraposição ao suor que agora corria em abundância pela sua face e que era imediatamente secado por sua auxiliar, Thèrese sentiu frio.

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