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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Siga aquele noivo


Siga aquele noivo
Follow that groom!
Christie Ridgway
Por que o noivo abandonado entrou em seu carro?

Éden Whitney de repente se viu dando carona ao noivo que acabara de ser abandonado no altar. Mas o que Riley Smith pretendia dela?
1. Fazê-la passar por sua noiva?
2. Levá-la para o hotel que reservara para a lua-de-mel e beijá-la apaixonadamente, quando alguma pessoa estivesse olhando?
3. Transformá-la em sua ardente esposa? A escolha de Éden era a de número três. Agora, tudo o que tinha a fazer seria convencer o noivo, uma vez rejeitado, a levá-la diretamente ao altar.

CAPÍTULO I

Riley Smith tentou ignorar sua tensão enquan¬to dava o nó na gravata borboleta, já de smo¬king. Diabos! Como era possível que um homem, capaz de preparar de um martini seco a uma bebida mais suave para senhoras, tivesse dificuldade em dar um nó de gravata?
Atrás dele, vindo da porta do pequeno vestiário da igreja, ouviu um ruído. Ainda lutando com a gravata, olhou-se no espelho. Provavelmente um de seus sogros ou parentes da noiva, gente da alta classe, queria entrar para ver se tudo ia bem com ele. E a incapacidade de fazer um perfeito nó de gravata seria uma prova irrefutável de que o noivo per¬tencia mesmo à categoria social inferior.
Ninguém entrou, contudo, e ele prosseguiu lutando com o nó da gravata. Mas logo depois enxergou um bilhete em¬baixo da porta.
E o bilhete dizia:
Riley,
No instante em que você receber este bilhete, eu já terei fugido pela porta dos fundos. Estou apaixonada por outro homem e não posso me casar com você. Faça-me um grande favor, querido, e diga a todos que foi você quem rompeu o compromisso. Papai me mataria se soubesse que eu fiz isso mais uma vez.

— Mais uma vez? — Riley murmurou.
Uma onda de ódio pela rejeição tomou conta dele. Fez um esforço para ler o bilhete de novo. Depois amassou o papel.
— Eu devia ter sabido — sussurrou.
Sim, devia ter sabido, quando foi empurrado para aquele casamento. Devia ter sabido que a mais jovem e a mais mimada das filhas dos nobres Delaney da Fazenda Santa Fé nunca se casaria com uma pessoa do tipo Riley Smith.
Com gesto rápido ele desabotoou a camisa. Ao menos poderia desistir da maldita gravata borboleta. E sua dor de cabeça miraculosamente foi desaparecendo.
Mas, e agora, naquele instante sete cavalheiros da fa¬mília Delaney alinhavam-se na nave da igreja. E ao lado sete damas de honra vestidas de cor-de-rosa, com ar de bonecas, aguardavam. Ele precisava contar a alguém que fora a noiva quem suspendera a cerimônia.
Faça-me um grande favor, querido, e diga a todos que foi você quem rompeu o compromisso. Essa linha do bilhete soava em seu cérebro com insistência. Oh, céus, seria uma boa lição, para a noiva, ele ler a nota em voz alta a fim de que os quinhentos convidados a ouvissem.
Mas, em tal caso, ele precisaria ficar observando a cara de compreensão dos presentes. Reconheceriam que enfim a noiva caíra em si e o rejeitara. Claro, o barman Riley Smith não era marido adequado para uma Delaney.
Perdido em seus pensamentos, Riley amarfanhava o bi¬lhete na mão.Se assumisse a culpa, poderia ao menos salvar o próprio orgulho. Na verdade, em tal caso, todos se per-guntariam por que uma Delaney não seria suficientemente boa para um Riley Smith. Ele sorriu.
Ao colocar o bilhete no bolso tocou o estojo de veludo que continha a aliança de platina. Abriu a janela com a intenção de jogá-la fora, o mais longe possível.
Não, a guardaria como lembrança de uma lição que de¬veria ter aprendido havia muito tempo.
Uma lembrança de que Riley Smith jamais deveria ter se ligado a pessoas que não eram de sua espécie.
Uma lembrança de que Riley Smith não era homem nas¬cido para se casar.
Com aquela decisão saiu do vestiário. Mentalmente ten¬tava decidir a quem dar a notícia do rompimento.
Olhou o interior da igreja. Do local onde estava pôde ver os bancos repletos da nata da sociedade de San Diego. Ao lado de um enorme arranjo floral estava o pai da noiva, um aristocrata autêntico, figura principal da cerimônia.
Contaria tudo a ele? Não deixava de ser irônico dar a notícia ao homem que insistira no casamento. Riley deu um passo na direção de seu quase sogro, Lawrence Delaney. Não tinha sentido protelar a notícia... Mas, naquele instante, Lawrence começou a conversar com um senhor de idade, sentado num dos bancos da última fila.

4 comentários:

  1. O livro se passa na década de 1990, mas a mocinha, apesar dos 25 anos, é tola, ingênua e infantil como uma protagonista daqueles romances que se passam na corte inglesa do século XIX. Ela é riquíssima, mas porque foi criada pelo pai, não sabe se vestir nem falar com um homem. Também não sabe a diferença entre um suco e um ponche (convenhamos, não precisa ter dinheiro para reconhecer uma bebida alcoólica). Eu sou bibliotecária e atesto que nós, bibliotecárias, não somos mal arrumadas, aparvalhadas nem temos medo de sexo rsrsrs

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