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domingo, 23 de março de 2014

A ESPOSA PERFEITA

Uma mulher muito especial...

Quem olhasse para Avelyn não diria que ela estava tão ansiosa, apavorada mesmo.
Esperava impressionar seu noivo no dia do casamento, mas qual seria a reação de Paen quando descobrisse que ela não era a mulher esguia e bem-feita de corpo com a qual ele certamente desejava se casar?
Paen Gerville sonhava com uma mulher voluptuosa e ardente, em cujos braços ele encontrasse refúgio e prazer depois de uma vida solitária dedicada às batalhas.
No princípio, sua noiva não parecia prometer tais delícias, com as roupas discretas que lhe escondiam o corpo, e com a aparente fragilidade e timidez.
Entretanto, ao vê-la de camisola na noite de núpcias, a imagem que Paen tinha de Avelyn mudou da água para o vinho... e ele sorriu, sedutor, antecipando as surpresas que o aguardavam nos braços daquela mulher, que era nada menos do que a esposa perfeita...

Capítulo Um

—Droga, muito estranho...
— Hum? — Lady Christina de Gerville levantou os olhos do prato, visivelmente surpresa ao ouvir essas palavras serem cochichadas. Seu olhar tornou-se suave ao se deter no rapaz sentado entre ela e o marido. Paen de Gerville, seu filho.
Seus longos cabelos escuros estavam presos à nuca, em um rabo de cavalo. Ele estava bem barbeado e usava uma túnica nova, em um tom verde-escuro, especialmente confeccionada por ela para aquela ocasião. Paen se parecia muito com o próprio pai no dia do casamento, bonito, forte e igualmente um pouquinho irritado.
— O que é estranho, filho?
— Isto. — Paen fez um gesto largo, mostrando as diversas mesas de cavalete montadas, repletas de gente.
Lorde e lady Straughton e todos os convidados estavam em volta deles, com uma exceção. A pessoa mais importante.
— Onde está minha noiva? Não é estranho que ela não esteja aqui? E tampouco estava quando chegamos ontem à noite. Alguma coisa está errada...
Lady Gerville trocou um olhar divertido com o marido, Wimarc, que, numa pausa de sua conversação com lorde Straughton, também ouvira o comentário de Paen.
— Não há nada de errado, filho — lorde Wimarc de Gerville assegurou. — Sem dúvida, a noiva está demorando por causa dessas coisas de... embelezamento. É típico das mulheres. Por isso são sempre as últimas a chegar. Não precisa se preocupar.
A frase foi concluída com um tapa que pretendia ser de apoio, mas se Paen não conhecesse esse tipo de gesto afetuoso do pai e não tivesse se agarrado à mesa, teria caído do banco.
Resmungando ao se ajeitar no banco, Paen pegou um pedaço de queijo e deu uma mordida, sem contudo tirar os olhos da escadaria na expectativa de que sua noiva desceria a qualquer momento.
Ele sabia que o pai estava certo e que estava nervoso de uma maneira fora do comum.

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2 comentários:

  1. Adoro essa autora, os livros dela que li no tem as baixarias dos livros históricos, são ternos, românticos e realmente românticos e esse não foge a regra.
    Muito bom, vale a pena.

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  2. Esse livro é lindo. Os dois são apaixonados mas tudo interfere no romance. Vale a pena ler!

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