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SWEET SENSATIONS
Julie Tetel Andreson
Eles precisavam desesperadamente um do outro.
Vivendo sozinha em sua fazenda do Maryland, Bárbara Johnson só tinha filha a quem dedicar afeto. Embora fruto da brutalidade da guerra, a criança havia libertado o coração de Bárbara para o amor. Mas agora, o passado ameaçava-lhe a paz conseguida a duras penas. Foi quando apareceu 1 estranho,, maltratado pela vida, a única pessoa que poderia devolver lhe a felicidade...
Morgan Harris era 1 homem perseguido pelo passado hostil, até transpor a porta de Bárbara. Soube, então, que sua fuga chegara ao fim... Ali, junto dessa mulher extraordinária, encontrou a coragem e a energia que salvariam seu coração destroçado!
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CAPITULO I
North Point, Maryland Fazenda Johnson Novembro de 1815
Ela acreditava não poder amar ninguém com tanta pureza, ou profundidade, quanto a filhinha de cinco meses.
Aconchegou-a bem entre os braços, por apenas mais um momento, observando-lhe as pálpebras fechar de satisfação sonolenta. Suspirando com o próprio contentamento, a mulher levantou-se da cadeira de balanço e tirou a criança do seio em que a tinha amamentado. Em seguida, deitou-a no berço próximo á lareira de pedra a fim de receber-lhe o calor, mas afastado o suficiente para não ser atingido por fagulhas.
Enquanto arrumava os seios sob a camisa e abotoava a blusa do vestido, olhou amorosamente para a filha. Depois, ajeitou o xale sobre os ombros, alisou a saia e dirigiu-se para a mesa de cavalete, do outro lado do aposento, com a intenção de jantar.
Nesse instante, ouviu-se uma batida na porta.
Não esperava ninguém e raramente recebia visitas. Sentiu uma leve ansiedade e hesitação e imaginou se deveria abrir a porta. Sacudiu a cabeça e censurou-se: Não seja tola, Bárbara! A preocupação não passava de um resíduo da época, mais de um ano atrás, quando os casacos vermelhos infestavam a região, ameaçando capturar Baltimore. A pessoa à porta só podia ser um dos fazendeiros vizinhos, vindo trazer alguma novidade, ou pedir um favor. Com certeza, tratava-se do velho Ben Skinner, ou Michael Gorsuch, ou ainda Jacob Shaw.
Atravessou o aposento ate a porta da frente e abriu-a. Na sombra do terraço, estava um homem cuja altura e silhueta não pertenciam a nenhum de seus conhecidos. A ansiedade retornou, porém era tarde demais para recuar. Ouviu uma voz grave e sonora perguntar-lhe:
— Sra. Johnson?
— Sim, sou a sra. Johnson — confirmou com voz seca.
O homem deu um passo à frente, entrando no retângulo de luz projetado através da porta aberta. Tirou o chapéu e Bárbara viu os traços viris e bem marcados. Os olhos eram de uma tonalidade azul muito escura.
— Segundo me informaram, a senhora perdeu dois arrendatários e talvez esteja precisando de alguém para ajudá-la, aqui na fazenda, durante o inverno.
— Quem lhe disse isso? — indagou Bárbara.
O estranho apontou para a direção de Long Log Lane.
— Um homem na casa de culto. Se não me engano, chama-se Ben Skinner. Ele ainda me informou que Jacob Shaw também precisava de alguém. Fui procurá-lo primeiro e estou vindo de seu sítio, mas ele já tinha contratado dois empregados na semana passada. Por isso, vim falar com a senhora.
Bárbara Johnson percebeu que o homem falava a verdade. Também deu-se conta de que ele não era da região de Baltimore, pois se fosse, saberia que um fazendeiro dali não chamava sua fazenda de "sítio", por menor que fosse.
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