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sábado, 14 de junho de 2014

NOS BRAÇOS DE UM ESTRANHO

Nos Braços De Um Estranho
SWEET SENSATIONS
Julie Tetel Andreson

Eles precisavam desesperadamente um do outro.
Vivendo sozinha em sua fazenda do Maryland, Bárbara Johnson só tinha filha a quem dedicar afeto. Embora fruto da brutalidade da guerra, a criança havia libertado o coração de Bárbara para o amor. Mas agora, o passado ameaçava-lhe a paz conseguida a duras penas. Foi quando apareceu 1 estranho,, maltratado pela vida, a única pessoa que poderia devolver lhe a felicidade...  
Morgan Harris era 1 homem perseguido pelo passado hostil, até transpor a porta de Bárbara. Soube, então, que sua fuga chegara ao fim... Ali, junto dessa mulher extraordinária, encontrou a coragem e a energia que salvariam seu coração destroçado!

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CAPITULO I

North Point, Maryland Fazenda Johnson Novembro de 1815


Ela acreditava não poder amar ninguém com tanta pureza, ou profundidade, quanto a filhinha de cinco meses.
Aconchegou-a bem entre os braços, por apenas mais um momento, observando-lhe as pálpebras fechar de satisfação sonolenta. Suspirando com o próprio contentamento, a mulher levantou-se da cadeira de balanço e tirou a criança do seio em que a tinha amamentado. Em seguida, deitou-a no berço próximo á lareira de pedra a fim de receber-lhe o calor, mas afastado o suficiente para não ser atingido por fagulhas.
Enquanto arrumava os seios sob a camisa e abotoava a blusa do vestido, olhou amorosamente para a filha. Depois, ajeitou o xale sobre os ombros, alisou a saia e dirigiu-se para a mesa de cavalete, do outro lado do aposento, com a intenção de jantar.
Nesse instante, ouviu-se uma batida na porta.
Não esperava ninguém e raramente recebia visitas. Sentiu uma leve ansiedade e hesitação e imaginou se deveria abrir a porta. Sacudiu a cabeça e censurou-se: Não seja tola, Bárbara! A preocupação não passava de um resíduo da época, mais de um ano atrás, quando os casacos vermelhos infestavam a região, ameaçando capturar Baltimore. A pessoa à porta só podia ser um dos fazendeiros vizinhos, vindo trazer alguma novidade, ou pedir um favor. Com certeza, tratava-se do velho Ben Skinner, ou Michael Gorsuch, ou ainda Jacob Shaw.
Atravessou o aposento ate a porta da frente e abriu-a. Na sombra do terraço, estava um homem cuja altura e silhueta não pertenciam a nenhum de seus conhecidos. A ansiedade retornou, porém era tarde demais para recuar. Ouviu uma voz grave e sonora perguntar-lhe:
—  Sra. Johnson?
—  Sim, sou a sra. Johnson — confirmou com voz seca.
O homem deu um passo à frente, entrando no retângulo de luz projetado através da porta aberta. Tirou o chapéu e Bárbara viu os traços viris e bem marcados. Os olhos eram de uma tonalidade azul muito escura.
— Segundo me informaram, a senhora perdeu dois arrendatários e talvez esteja precisando de alguém para ajudá-la, aqui na fazenda, durante o inverno.
—  Quem lhe disse isso? — indagou Bárbara.
O estranho apontou para a direção de Long Log Lane.
—  Um homem na casa de culto. Se não me engano, chama-se Ben Skinner. Ele ainda me informou que Jacob Shaw também precisava de alguém. Fui procurá-lo primeiro e estou vindo de seu sítio, mas ele já tinha contratado dois empregados na semana passada. Por isso, vim falar com a senhora.
Bárbara Johnson percebeu que o homem falava a verdade. Também deu-se conta de que ele não era da região de Baltimore, pois se fosse, saberia que um fazendeiro dali não chamava sua fazenda de "sítio", por menor que fosse.

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