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terça-feira, 8 de julho de 2014

DESTINO - KIT GARDNER


Quando o amor e o perdão estão em jogo...
Que estranho e imprevisível caminho levou Ryan Logan ao encontro da mulher que ele deixara viúva? Ryan tentava fugir do passado, que voltou para  assombrá-lo na forma
de Jessica Wynne - A fascinante loira por quem ele
sentiu incontrolável atração!
Em sua fazenda, no Kansas, Jessica recebeu o forasteiro com um rifle nas mãos, mas logo se convenceu de que Ryan era o homem que ela estava destinada a amar!



Prólogo

Ryan Logan olhava para a rua empoeirada, através das grades de ferro da prisão onde se encontrava. Fazia um calor insuportável. O verão chegara mais cedo naquele ano, deixando as pessoas moles e preguiçosas.
Mas não muito. De repente, o silêncio da manhã foi quebrado por vários disparos e, antes que se desse conta do que tinha acontecido, Ryan via um homem caído no chão e um outro, seu assassino, caminhar tranquilamente em direção à estrada que levava para fora da cidade seus passos eram seguros e confiantes, passos de um homem cujos objetivos na vida há muito tinham sido estabelecidos, suas diferenças todas resolvidas ali mesmo, a dez passos da prisão de Wichita, onde o xerife certamente estaria acordado de sua soneca matinal.
Ryan continuou a observá-lo através das grades. Um homem decidido, de cabeça erguida, livre de qualquer culpa ou arrependimento. Afinal das contas, a lei e a ordem não eram coisas exatamente respeitadas na cidade de Wichita. Para a maioria das pessoas. Até mesmo para Ryan, até há um certo tempo. Mas não mais.
Eu devia ter adivinhado que isso iria acabar acontecendo.
Muitos homens haviam feito exatamente a mesma coisa, virado as costas com igual pouco caso, talvez sabendo que aquela sepultura cheia de poeira poderia ter sido deles.
Uma gota de suor escorreu pela testa de Ryan, mas ele não se incomodou em secá-la. Nem podia, já que seus pulsos estavam algemados. Sentiu gosto de sangue na boca. A dor de cabeça não o havia deixado desde o momento em que fora atirado naquela cela imunda, na noite anterior. Precisava de uma dose de uísque. A bebida que deixara em cima da mesa do Buffalo Kate's, ao lado de suas cartas. Tomara apenas um gole, um longo gole, os olhos fixos no homem sentado à sua frente. Todos os seus instintos o haviam avisado para se retirar. Mas ele os ignorara. E pagara muito caro por isso.
Quase todos os homens que conhecia teriam se retirado do local assim que a primeira suspeita de trapaça tivesse sido levantada. Quase todos os homens que conhecia não teriam dado uma segunda olhada na medalha de ouro que aquele sr. Frank Wynne, de Twilight, Kansas, jogara em cima da mesa, ao lado das moedas de aposta. Na hora em que ele fizera aquilo, a medalha se abrira, re¬velando duas pequenas fotografias. Não. Quase todos os homens que Ryan Logan conhecia não teriam nem notado aqueles dois rostos bonitos. Ainda assim, ele notara. Por quê?
Fechou os olhos e encostou a cabeça na parede fria. havia notado o homem. Tivera de fazê-lo. Era matar ou morrer. Tal filosofia já havia lhe salvado a vida inúmeras vezes.
— Eu tenho certeza de que você trapaceou! — berrara Wynne, virando a mesa com violência e sacando sua arma. — Vou matá-lo, seu filho de uma...
Não chegara a terminar a frase. Uma bala vinda da pistola de Ryan entrava em cheio em seu coração, acabando com sua valentia e com sua vida.
Só fora aí então que ele colocara o copo em cima da mesa. E vira de novo a medalha aberta. A mulher da foto olhava para ele como se estivesse acusando-o, seu rosto pálido desprovido de qualquer esperança, talvez sabendo desde o princípio que seu marido iria encontrar aquele triste fim. Nas mãos dele.
Agora, sentia um arrepio desagradável na espinha. Algo estranho para um homem que já tinha matado antes.
Uma voz feminina ecoou pelos quatro cantos da delegacia. Ryan abriu os olhos. Não demorou dois segundos para reconhecê-la. Afinal, ela pertencia à mulher do homem para o qual vinha trabalhando havia três anos.
Devia ter imaginado que aquele emprego iria lhe custar a vida.
— Como vai, sra. Spotz? — cumprimentou o xerife Earl Gage, mal desperto de sua soneca, sua cadeira fazendo barulho contra o chão de pedra. Ryan podia ima¬giná-lo tirando o chapéu e fazendo centenas de mesuras diante da mulher do mais importante fazendeiro do Kansas. E do Texas também, pelo menos segundo a opinião do próprio Cameron Spotz — Bonito dia, não?
— Fora do meu caminho, xerife. Quero falar com o prisioneiro imediatamente.
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