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sexta-feira, 4 de julho de 2014

História De Um Grande Amor









Dia 2 de março de 1810: Hoje, eu me apaixonei...

Aos dez anos de idade, Miranda Cheever não dava sinais de que fosse se transformar numa bela mulher.
E mesmo com tão pouca idade, ela aprendeu a não alimentar expectativas de encontrar um grande amor... até aquela tarde em que Nigel Bevelstoke, o charmoso e atraente visconde Turner, beijou sua mão e disse que um dia ela cresceria e seria uma jovem linda e cativante, tanto quanto era simpática e inteligente.


E foi nesse dia que Miranda soube que amaria aquele homem para sempre...

Capítulo Um

Nigel Bevelstoke, mais conhecido como Turner pelos que não pretendiam desagradá-lo, era esperto e inteligente.
Lia latim e grego e seduzia mulheres em francês e italiano.
Cavalgando, acertava num alvo móvel e, em geral, bebia a quantidade exata sem abalar a própria dignidade.
Podia acertar um soco ou lutar esgrima com maestria, e fazia as duas coisas declamando Shakespeare ou Donne.
Em resumo, sabia tudo o que era imprescindível a um cavaleiro digno do título que possuía e destacava-se em todas as áreas.
Era um homem admirado e respeitado.
Mas nada em sua vida privilegiada o havia preparado para aquele momento.
Ele nunca sentira o peso de tantos olhares atentos como naquela hora em que jogava uma mancheia de terra no caixão de sua esposa. Sinto muito.
Minhas condolências. Sentimos muitíssimo.
As palavras continuavam a ser repetidas em monocórdio.
Durante todo o tempo, Turner só pensava que Deus po­deria castigá-lo por não sentir nada. Ah, Letícia!
Na verdade, teria de lhe agradecer, se pu­desse.
Era preciso voltar ao princípio, à perda de sua reputação.
Só o demônio poderia dizer quantas pessoas estavam cientes de que fora enganado.
E por repetidas vezes. O pior tinha sido o desmoronamento da ingenuidade.
Era difícil lembrar, mas já havia concedido à humanidade o be­nefício da dúvida. Já acreditara no melhor das pessoas.
Se as tratasse com honra e respeito, receberia o mesmo em troca.
Em seguida, fora a ruína de sua alma. Turner recuou com as mãos apertadas às costas e escutou o sacerdote encomendar a alma de Letícia a Deus.
Admitiu que desejara o fato.
Quisera se ver livre dela, por isso não a prantearia.
— Que lástima — alguém sussurrou às suas costas.
Turner cerrou os dentes.
Não se tratava de pesar, mas sim de uma farsa.
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Um comentário:

  1. Não é ruim, mas é longo e cansativo. Deveria ser menor.
    Acho triste que em um livro que tenha a visão da mocinha e do mocinho, somente o amor dela é percebido.
    Vale uma leitura, mas não mais que isso.

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