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domingo, 31 de agosto de 2014

MARCADA PELO DESTINO

Marcada Pelo Destino

Lady Isobel Dalceann, gravemente desfigurada, lutou com unhas e dentes para defender sua fortaleza, sem pensar apenas em sua segurança.

Então, por que deixar que um desconhecido cruzar seus muros?
Embora sinta o perigo, seu corpo marcado pela guerra é um reflexo de suas próprias cicatrizes e a prova para depositar sua fé nele.
Marc de Courtenay é um mercenário solitário, mas se sente atraído pela ferida e bela Isobel.
Mas ao deixá-lo entrar em suas muralhas altamente protegidas, proporciona-lhe sem querer segredos que o permitirão traí-la.
O que fará Isobel se descobrir quem é Marc de verdade…?

Comentário revisora Sandrinha DD.: Mais um livrinho para as românticas de plantão. Um guerreiro valente, inteligente, protetor, possessivo e que gosta de certos aromas kkkkk.
Uma mocinha guerreira com muitos traumas, mas determinada e corajosa. Adorei o casal. Uma leitura agradável sem dúvida. Quase não morre ninguém, kkkkk. Boa leitura.

Capítulo Um

Fife Ness, Escócia - 1346.
Isobel Dalceann viu as silhuetas da praia, além das ondas, girando na corrente. Havia oito ou mais, perdidos na tempestade entre a névoa.
 —Lá! —gritou para os dois homens que estavam ao seu lado. — Há duzentos metros da costa!
O mar às vezes arrastava os restos de alguma embarcação, ou o esqueleto de alguma criatura marinha morta algum tempo atrás... mas aquilo?
O entardecer se estendia do oeste, cobrindo tudo de um rosa pálido, até transformar algo desconhecido em algo conhecido.
—São pessoas! Foi Ian quem disse. Não era madeira, nem um peixe morto ou um tronco de uma árvore que havia caído perto da água de Dundee e que tinha chegado até o sul, graças às correntes frias.
Não, tratava-se de pessoas. Pessoas que se afogariam caso ela não os ajudasse; sempre foi uma boa nadadora. Tirou suas botas e a túnica, depois a adaga que estava presa no tornozelo e saiu correndo.
A água gelada cortou sua respiração antes de ter atravessado as primeiras ondas; quando o cabelo enrolou nos braços a impedindo de continuar nadando, parou para prendê-lo.
A uns dez metros Ian gritou e Angus respondeu. A seguinte onda levantou a todos e os ajudou a avançar. Isobel pôde ouvir o batimento do seu coração nos ouvidos quando a força da onda a puxou para baixo. Contando os segundos para voltar à superfície, esperneou com força e apareceu a uma curta distância de um dos sobreviventes.
Uma ferida aberta do cotovelo até o ombro tingia o mar de vermelho e se misturava com a espuma, antes de perder-se na grande imensidão do oceano.
Apenas reparando sua presença, Isobel enquanto se aproximava viu que havia outra pessoa flutuando a seu lado.
—Eu me encarregarei dele enquanto você nada — gritou por cima do vento e da chuva começava a cair.
—Não — respondeu ele com a tenacidade de alguém que não estava disposto a render-se, com uns olhos verdes carregados de determinação.
Quando Isobel se fixou, viu que o homem que havia entre eles estava morto.
— Se foi. O mar o levou. Negou com a cabeça e se separou dela. Depois respirou profundamente uma vez, duas vezes, recuperando a força e a vontade.
Quantas vezes ela fez isso, quando a solidão era insuportável?
—Deixa que eu ajude —gritou Isobel, — pois a margem está longe — tocou em seu ombro e o tirou de seu inferno particular.
Ele a olhou com a arrogância de alguém que não estava acostumado às ordens. Isobel tentou controlar sua ansiedade. Estava há poucos minutos na água e já estava congelada; perguntava-se como aquelas pessoas puderam sobrever tanto tempo.
 —Ajuda aos outros primeiro — quando moveu a mão para amparar a cabeça do homem que segurava, um bracelete de ouro apareceu em seu pulso.
 Então, não se tratava de um marinheiro qualquer que ganhava a vida navegando pelos canais entre a Inglaterra e Escócia. Seu acento parecia provir de um país estrangeiro.
 Isobel ouviu um grito atrás dela e deu a volta. Viu que Angus ofegava tremendo de frio, respingando e mexendo as pernas sem parar para tentar esquentar. Sentiu pânico.
Estavam a quase duzentos metros da costa, com o mar enfurecido pela tempestade.
Atrás dele, dois homens tentavam subir em costas em sua luta para tomar ar. Santo Céu.
O mar levava suas vítimas sem recorrer ao jogo limpo, pensou Isobel.
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