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domingo, 7 de setembro de 2014

LIÇÕES DE UMA CORTESÃ

Lições De Uma Cortesã

Todo homem adora um mistério...

Pressionados por chantagem a se casarem, e forçados pela família a consumar a união para que o matrimônio não pudesse ser legalmente questionado, Victoria e Justin concordaram em se separar depois disso, embora nenhum dos dois tivesse se esquecido da única noite de paixão que haviam compartilhado.
Nenhum homem faz uma mulher perder o controle, a menos que ela permita...Cinco anos depois, Victoria foi forçada a voltar a Londres, disfarçada como uma célebre e requisitada cortesã, com o propósito de encontrar uma amiga desaparecida, evitando a todo o custo a proximidade de seu repentinamente inconformado e possessivo marido.
Desta vez, no entanto, um breve contato não seria suficiente para Justin.
Ele estava determinado não só a desvendar os segredos de Victoria, como também a reivindicar por inteiro a sua esposa, de corpo, alma e coração...

Capítulo Um

Londres 1815
Justin Talbot entrou no lotado salão de baile com um sorriso largo.
Olhar para a multidão despertava-lhe uma sensação de acolhimento, como se voltasse para casa.
Depois de anos no exte­rior, provando os inúmeros prazeres franceses, negados por tanto tempo em razão da guerra, era bom poder voltar a Londres.
Russell Shaw, seu bom amigo, aproximou-se dele com passos seguros e um sorriso radiante.
— Vejam só quem volta ao solo britânico! Como conseguiu se afastar das belas francesas?
Justin riu, quando o amigo lhe deu um tapinha nas costas.
— Caleb me disse que você estaria aqui hoje.
— Ah, sim? E onde está seu irmão? — indagou Justin, olhando na direção da multidão.
— Foi buscar bebidas, é claro.
— E você deve estar exausto. Acabou de voltar, não?
— Estou aqui há um dia, e passei todo o tempo na companhia de meus pais e minha irmã, infelizmente.
Todos que conheciam Justin sabiam que ele não era próximo de nenhum membro da família, além de Caleb.
Os amigos especu­lavam sobre a causa do distanciamento, mas ninguém conseguia sequer se aproximar da verdade. Nem mesmo Caleb, que continua­va tentando conquistar a aprovação dos familiares sem sucesso.
— Enfim, apesar de uma horrível dor de cabeça, meu irmão me arrastou para cá hoje. Ele me disse que haveria aqui uma atra­ção que eu não podia perder. Tudo muito misterioso. Sabe alguma coisa? O que perdi enquanto estive fora?
Shaw sorriu e seus olhos azuis se encheram de humor.
— Vejamos... Foram muitas brigas entre bêbados, alguns socos trocados, e... Ah, sim, o velho Middlemach finalmente desco­briu que a esposa o estava traindo com Franklin.
— Bem, isso era previsto. Adelaide nunca foi discreta. Por isso rompi com ela.
— Eu também. Ela não esteve envolvida com seu irmão, também?
— Ela esteve com todos nós. — Justin riu. — E o que mais aconteceu por aqui? Ainda não entendo o mistério de Caleb em torno dessa festa.
— Suponho que seja Ria, então. Não consigo me lembrar de mais nada que você tenha perdido enquanto viajava.
— Ria? — O evento acontecia em uma casa respeitável e con­tava com a música de uma boa orquestra, mas ele não via ali o grupo habitual e aborrecido dos círculos mais elevados da socie­dade londrina. Não via virgens ruborizadas, nem matronas zelosas. Aquele era um entretenimento para cavalheiros, e o lugar esta­va cheio de cortesãs, atrizes, e cantoras de ópera, todas mais do que dispostas a partilhar da cama de um homem. Delicioso.
— Shaw, você estragou tudo — Caleb foi logo dizendo ao se aproximar deles com drinques na mão e entregou ao irmão uma dose de uísque antes de continuar: — Eu queria revelar Ria ao meu irmão. Seria uma espécie de presente de boas-vindas, uma acolhida em sua volta para casa.Justin riu. Mulheres, bebidas, e cartas eram as fraquezas de Caleb desde que ele deixara de usar calça curta.

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