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domingo, 23 de novembro de 2014

OS PLANOS DO DUQUE


Série Os Planos do Duque
1– O Herdeiro -
2– O Soldado –
3– O Pianista –

O Herdeiro
Série Os Planos do Duque

Gayle Windham, conde de Westhaven, está decidido a evitar as maquinações casamenteiras de seu pai ficando na sufocante Londres enquanto o resto da alta sociedade parte para o campo.


Westhaven se orgulha de como está bem comandada a sua casa até que a nova governanta, Anna Seaton, confunde suas intenções com uma criada e o deixa inconsciente com o atiçador da lareira. 
Anna é muito culta e refinada para trabalhar como governanta, mas é uma boa enfermeira. 
Quando o afeto entre eles aumenta, Westhaven pensa ter achado uma candidata para o casamento que o agradará e satisfará a seu pai, mas Anna rejeita a proposta. 
Suas origens desconhecidas suportam desagradáveis obrigações, e está decidida a superá-las enquanto ele tenta fazê-la mudar de opinião. 


Comentário revisora Ana Julia: O livro não é ruim, a história até que é boa, mas a escritora enrolou demais, eu cortaria metade do livro, o achei cansativo, repetitivo, mas opinião é opinião, e terá quem gostará com certeza... Boa leitura. 


Capítulo Um 


Gayle Windham, conde de Westhaven, desfrutava relaxadamente do que mais prazer lhe proporcionava: a solidão, a paz e a tranquilidade. 
Os melhores planos eram os mais simples, pensava, enquanto se servia um dedo de brandy. 
Seu irmão teve uma brilhante ideia ao sugerir que o que tinha que fazer era ocultar-se a plena vista. 
Para um homem solteiro, se por acaso fosse pouco, herdeiro de um ducado, era uma batalha perdida evitar às resolvidas debutantes da boa sociedade e suas mães predadoras. 
Recebia convites de todas as partes e uma norma básica da etiqueta exigia que se deixasse ver em todas as partes.
«Mas este verão, não.» Sorriu contente. 
Por uma vez, pensava passar o verão, aquele ano especialmente quente, onde estava, nos desertos limites de Londres. 
Não foi feito para o interminável rosário de festas, passeios em iate e demais reuniões sociais que ocorriam nas residências campestres dos membros da alta sociedade. 
Seu pai frequentava também esse ambiente e Westhaven sabia bem que era melhor não lhe dar vantagem. 
O duque de Moreland era um velho matreiro, resolvido e sem escrúpulos. 
Seu objetivo na vida era conseguir que o herdeiro se casasse e tivesse filhos varões, mas Gayle se orgulhava de ser mais esperto que ele. 
Até o momento, seu pai já havia lhe arranjado um casamento que a família da dama em questão tinha impedido no último momento. 
Com uma vez bastava. Era um filho respeitoso e obediente, consciente de suas responsabilidades, um irmão em que se podia confiar, um herdeiro que se ocupava das propriedades e dos investimentos na qualidade de procurador do pai. 
Entretanto, o que não faria seria deixar-se coagir para que se casasse com uma bonequinha petulante a qual cobriria como se fosse um cão no cio para que lhe desse filhos. 
O prazer de passar os dias e as noites sem se preocupar em ter que assistir algum aborrecido ato público, já começava a levantar seu ânimo, normalmente reservado. 
Surpreendeu-se notando as coisas, no aroma a rosas e madressilva que flutuava no interior da residência urbana, ou no buquê de flores colocado dentro de uma lareira, apagada nessa época do ano, com o mero propósito de alegrar a vista. 
Suas refeições a sós lhe resultavam mais saborosas. 
Dormia melhor entre os lençóis perfumados de lavanda da cama. 
Tarde da noite, ouvia algum vizinho tocar piano, e também ecos de risadas procedentes de sua própria cozinha pela manhã cedo. 
«Teria sido um monge exemplar», 






O Soldado

Série Os Planos do Duque


Atormentado pelos pesadelos da guerra, Devlin St. Just, conde de Rosecroft, foge para sua mansão em Yorkshire em busca de quietude.

Ali conhece a pequena Winnie e a sua prima, Emmaline Farnum, que está a cargo da menina. Emmie é filha bastarda de um nobre, e jurou a si mesma que jamais cometerá o mesmo engano que sua mãe.
Por isso, quando Devlin lhe propõe formarem juntos um lar para Winnie, ela se mostra muito reticente.
E apesar de que as decisões que tomou no passado a obrigarão a afastar-se de seu lado, Emmie se sente cada dia mais atraída pelos beijos do coronel. Será capaz de resistir a seu encanto?

Comentário revisora Déia: Eu estou adorando revisar tantos livrinhos gostosos de ler.Gostei muito do primeiro desta série e o segundo também me encantou e tive o prazer de poder revisar. História muito linda, mocinho fofo e mocinha teimosa e determinada. Excelente leitura! 
Espero poder revisar outros desta autora.

Capítulo Um

—O que isso faz sentado em minha fonte? Devlin St. Just, conde de Rosecroft, dirigiu a pergunta ao murcho espécime que tinha como administrador. —E por que demônios a ditosa fonte não funciona em pleno mês de julho?
—Temo milord, que faz anos que não funciona — respondeu Holderman, respondendo em primeiro lugar a pergunta mais simples—. E quanto a aquilo, acredito que vem incluído com o resto das propriedades.
—Isso não pode vir incluído — replicou o conde, apontando com o queixo—. Não se trata de uma instalação, nem tampouco de gado.
—No sentido legal, pode ser que não — insistiu Holderman pigarreando com delicadeza. Tinha pronunciado com certa ênfase a palavra “legal” e seu patrão o olhou com o testa franzida.
—O que quer dizer? —pressionou-o o conde. Nesse momento, Holderman desejou ter seguido o conselho de sua irmã e ter ficado para passar o verão agradavelmente aborrecido na propriedade de seu tio, perto de York.
Não era fácil trabalhar com o conde, um antigo oficial de cavalaria de quase um metro oitenta e cinco de estatura, primogênito de um poderoso duque e possuidor de arrogância e temperamento em grande quantidade.
Era um Black Irish que embora pagasse bem e trabalhasse mais do que qualquer aristocrata que o administrador tinha conhecido em sua vida.
Devlin St. Just, recém-nomeado conde de Rosecroft, era um demônio, sem paliativos.
Inclusive em York tinha chegado o rumor de que os franceses saíam fugindo ao ver que era St. Just quem liderava a carga da cavalaria. —Veja milord...— Holderman engoliu seco ao mesmo tempo em que olhava de esguelha para a fonte. Era o administrador daquelas terras, por todos os Santos. Não deveria ser ele a ter a obrigação de explicar a situação. 
—Holderman — o conde começou a dizer com aquele tom baixo que pressagiava uma vulcânica exibição de temperamento—, a escravidão e o tráfico de pessoas foi abolida faz quase uma década em nossa idílica Inglaterra. Além disso, tenho nada menos que nove irmãos menores e posso afirmar com toda segurança que isso é uma criatura, não parte do equipamento doméstico, e não pode ser transferido junto com uma propriedade. Mande-o embora.
—Temo que não possa fazer o que me pede — o homem respondeu pigarreando de novo.
—Holderman — disse o conde com aterradora cordialidade—, não deve pesar mais de vinte quilogramas. Agarre-o e lhe diga que vá. Diga-lhe que antes passe pela cozinha e pegue um bolo de carne, mas depois disso tem que ir.
—Veja milord, quanto a isso...
—Holderman. — St. Just cruzou os braços sobre o musculoso torso e dirigiu ao administrador um olhar que sem dúvida teria sufocado as tentativas de insurreição de oficiais mais jovens, irmãos menores, cavalos revoltosos e pessoas bêbadas, sem importar sua classe social —. Faça. Que. Se. Vá!
O homem, em um exemplo de abdicação, negou com a cabeça e olhou para o chão.
—Está bem — o conde replicou com um suspiro—. O farei eu mesmo, assim como o resto nesta paródia de propriedade. Fora daqui! — ele gritou a seguir para o menino, apontando com o dedo para as colinas ao longe, conforme se aproximava da fonte.
O pirralho ficou de pé na borda da fonte seca e, embora o conde fosse muito mais alto, gritou-lhe, apontando na mesma direção:
—Fora você daqui!




O Pianista

Série Os Planos do Duque




Valentine Windham, o filho mais novo do duque de Moreland, é um virtuoso do piano. 

Sua única paixão é a música, assim quando recebe a notícia de que padece de uma doença que o impedirá de continuar tocando, decide refugiar-se no campo e passar sozinho o resto de sua atormentada existência. 
Ali se encontra com Ellen Markham, uma misteriosa e jovem viúva que parece tão solitária e desesperada como ele. 
Logo sua tristeza se transformará em paixão, mas Ellen guarda um segredo terrível que poderia destruir ambos. Juntos descobrirão que não é possível fugir do passado, embora, às vezes, esquecê-lo pode nos ajudar a descobrir do que realmente precisamos. 

Capítulo Um 


— Meu conselho é que pare de tocar piano. 
Lorde Valentine Windham não se moveu nem mudou de expressão quando ouviu seu amigo —um hábil e experiente médico— ditar a sentença. Ser o mais novo de cinco filhos varões e chamar-se Valentine, pelo amor de Deus, o ajudou a desenvolver reflexos rápidos, uma exuberante musculatura e uma invejável ar de indiferença. 
Que o chamasse de bebê cada vez que mostrava um ápice de ternura o fez desdobrar uma vontade de ferro e lhe proporcionou a habilidade de suportar quase qualquer golpe sem alterar-se. 
Mas aquilo... O que David lhe pedia era diabólico. Renunciar à única amante a qual ele se entregou, a única coisa na qual era feliz e competente. 
Abandonar o lar que havia construído para proteger sua alma das brincadeiras do pai, o nervosismo de sua mãe e a incapacidade de seus irmãos de compreender o que a música significava para ele. 
Fechou os olhos e inspirou profundamente, com esforço. 
—Durante quanto tempo terei que renunciar a minha arte? 
Silêncio. Até que Val abriu os olhos e olhou a mão esquerda, inchada e muito roxa, imóvel sobre o regaço.
A seu lado, David fingia observar os prados e a campina que os rodeava. 
—Possivelmente para sempre. Talvez fique curado, mas só com repouso absoluto. Não se trata de dias, nem de semanas, e pode ser que com o tempo, perca parte da destreza que possui agora. Se tenta retomar a música muito cedo, é provável que sua mão piore. 
—Meses? 
Um mês era uma eternidade quando se deseja fazer a única coisa que lhe é negada. 
—Pelo menos. E já que estamos tão animados, terá que vigiar a outra mão se por acaso ocorre o mesmo. Se pararmos o mal a tempo, é possível que não seja necessário um tratamento tão intenso. 
—As duas mãos? —Val fechou os olhos outra vez e afundou os ombros, sentado na mureta de pedra que rodeava o precioso e não tão pequeno jardim da casa que David tinha em Kent. 
—Talvez estejam afetadas ambas as mãos. A esquerda está pior devido à fratura que sofreu quando pequeno e que não cuidou na época. Também é possível que seja destro e por isso a direita fortaleceu mais. 
Valentine saiu de sua abstração e tratou de analisar as palavras do amigo. 
—Então, a esquerda está fraca? 
—Não é exatamente uma debilidade —respondeu David, visconde de Fairly, franzindo os lábios—. O que me parece é que sofre de gota ou reumatismo. Está inflamada e isso é o que provoca dor. A prova consistirá em ver se melhora com descanso. Mas embora assim seja, não deve tomar isso como sinal de que pode voltar a passar horas ao piano, Valentine. 
—Então, do que será sinal?

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