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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

DISCRETAMENTE SEDUTORA

SÉRIE HEARTLESS




Discretamente Sedutora
The Fire Inside
Kat Martin



Londres, 1805.
Medo de amar
Impulsiva e rebelde, Kitt Wentworth não tinha intenção de obedecer ao pai, nem de se submeter a um marido. Uma traumática experiência do passado fora suficiente para destruir todas as suas ilusões românticas, e ela não pretendia nem mesmo se apaixonar. Contudo, nunca imaginou que pudesse despertar o interesse de um homem como Clay Harcourt... Como filho ilegítimo de um duque, Clay não se chocava com pequenos escândalos. Casamento não fazia parte de seus planos, mas a natureza espontânea de Kitt o atraía como uma chama na escuridão, e os mexericos em torno dela o levavam a querer protegê-la. Quando Clay arquitetou uma armadilha para induzi-la a se casar com ele, Kitt não conseguiu deixar de se render à paixão que sentia por aquele homem. No entanto, um terrível segredo do passado a impedia de entregar seu coração ao atraente libertino que lhe despertava os mais ardentes desejos...


Querida leitora.
Aos vinte e um anos, Kassandra tem seus motivos para não confiar nos homens e não querer se casar. Mas torna-se praticamente impossível resistir ao atraente e sedutor Clayton Harcourt, futuro duque de Rathmore. Clay não conhece o passado de Kassandra, mas percebe seu medo e sua vulnerabilidade, e jura a si mesmo descobrir o segredo daquela mulher e conquistar seu coração! A autora campeã de vendas Kat Martin transporta você para os cintilantes salões de baile londrinos e para os ambientes sensuais da era da Regência, num romance de sedução, segredos e paixão arrebatadora!
Leonice Pomponio Editora


Capítulo I



Londres, Inglaterra 1805
— Desmiolada, eis o que ela é. Rebelde e insolente demais para que algum homem res¬peitável queira se casar com ela.
Com as sobrancelhas grisalhas erguidas em re¬provação, lady Dempsey levou ao nariz seu monóculo cravejado de brilhantes, a fim de examinar a jovem em questão.
— Houve um tempo em que ela era a queridinha das altas-rodas — a mulher continuou. — O pai deve estar terrivelmente desapontado.
— Sem dúvida — concordou lady Sarah, meneando a cabeça. — Pelos rumores que ouvi, é bom que a pobre mãe dela não esteja viva para ver.
Atrás de uma coluna, dentro da mansão do con¬de de Winston, no bairro nobre de Mayfair, Clayton Harcourt estudou o objeto de escárnio das duas se-nhoras. Fazia quatro anos que ele conhecia Kassandra Wentworth, ou Kitt, desde que ela fora apresenta¬da ao círculo casamenteiro da sociedade londrina. Agora, às vésperas de completar vinte e um anos, Kitt ficara exposta tempo demais para constituir um atrativo. Seu pai, o visconde Stockton, decidira pôr um fim à incômoda situação.
Clay a analisou como fizera nos últimos meses: com franco interesse masculino. A seu ver, ela era uma incrível mistura de mulher e menina, inocentemen¬te sedutora, com seios exuberantes, grandes olhos verdes e magníficos cabelos acobreados. Quando ria, nada havia de infantil no som, que atestava uma fe¬minilidade vicejante e uma candura confortadora.
Não que Clay lhe revelasse sua admiração. Sempre que se encontravam face a face, os dois eram como água e óleo. Como dissera lady Dempsey, a jovem era teimosa e independente. Precisava de um marido forte que a domasse. Sem planos para casar-se, Clay não seria essa pessoa.
— Ela é mesmo especial, não? — A voz do pai de Clay soou ao lado dele, mas seus olhos permanece¬ram em Kitt.
— De fato, é impulsiva e voluntariosa. Muito ou¬sada para o gosto dos pretendentes.
— Tem razão, filho. Talvez seja por isso que eu gostei dela desde que a conheci.
Clay então olhou para seu pai: Alexander Barclay, sexto duque de Rathmore, o nobre que generosa¬mente cobria seus gastos, e até lhe dedicava afeição, mas que se negava a conceder-lhe a legitimidade do sobrenome.
— O senhor tem um bom olho para a beleza, Vossa Graça.
— Isso e mais — o duque concordou, servindo-se de uma dose de conhaque. — Stockton quer vê-la casada. Acho que já lhe falei.
— Vendo como o senhor e o visconde se entendem nos negócios e como se alinham politicamente na Câmara dos Lordes, creio que gostaria de agradá-lo.
— Refere-se à minha sugestão de cortejá-la? Para o homem certo, Kassandra Wentworth será a esposa perfeita.
— Também já mencionou isso... —- Clay gracejou, curvando a boca.
— Já que sua memória é tão rica — rebateu o duque —, deve lembrar-se da proposta que lhe fiz alguns meses atrás. Uma proposta muito lucrativa, referente à união conjugal de vocês dois.
— Como poderia esquecer? — Clay apanhou uma taça de champanhe, da bandeja oferecida por um garçom, e registrou a ansiedade de seu pai.
— Por apenas uma vez, filho, acredite que só te¬nho em mente seu próprio bem-estar. Você precisa de uma mulher, Kassandra precisa de um marido. Penso que os dois se darão muito bem.
— Pense melhor — Clay ironizou. — Eu e ela não podemos ficar sozinhos na mesma sala sem um querer estrangular o outro.
O semblante do duque suavizou-se quando um ar de saudade lhe toldou a vista.
— Sua mãe e eu éramos assim. A primeira vista, nós nos detestávamos. A atração, o incrível elo entre nós, era reprimida porque a considerávamos uma fraqueza. — Ele suspirou e meneou a cabeça. — Sinto falta dela, desde o dia em que morreu;
Com mais de sessenta anos, ó duque ainda era um senhor bonito e vigoroso, que raramente falava de Rachel Harcourt. A mãe de Clay tinha sido amante do duque por cerca de vinte anos. Falecera quando o filho completara catorze. A lembrança dos dias solitários que se seguiram ainda lhe doía na alma.
Seus pensamentos se voltaram para o relaciona¬mento entre seus pais. Seria possível amar tanto as¬sim uma mulher? Clay nunca havia experimentado tal sentimento, algo que sobrepujava o plano físico. Focou o olhar em Kitt e sofreu um surto de excitação, o palpitar do desejo que ela sempre parecia desper¬tar nele.
A atenção de Rathmore seguiu o mesmo rumo.
— Essa moça tem energia — comentou o pai de Clay. — Ela lhe dará filhos fortes e inteligentes.
— Kitt é selvagem e obstinada. Alguém terá de domá-la.
O duque arqueou as sobrancelhas.
— Está dizendo que você, com toda a sua experiência com mulheres, não está preparado para o desafio?
— Claro que sim. — Clay riu. — Se ela não fosse donzela, e filha de seu amigo Stockton, gostaria de vê-la enfeitando a minha cama.
Foi a vez de Rathmore rir discretamente.
— Então, você a acha atraente!
— Ora, não sou cego...
Clay se parecia tanto com o duque, inclusive na estatura e nos ombros largos

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