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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

VIRTUDE

Virtude




Judith e Sebastian Davenport são jogadores profissionais.

Os atrativos de Judith distraem os competidores enquanto seu irmão realiza jogadas suspeitas.
Seu verdadeiro sobrenome é Devereux, mas ocultam sua identidade com a esperança de achar o homem que traiu seu pai.
Mas sua sorte muda quando suas manobras no jogo são descobertas por Marcus Devlin, o bonito e temível marquês de Carrington, que lhes exige que mudem sua rotina e ameaça delatá-los. A beleza de Judith o atrai sem remédio, apesar de tratar-se de uma aventureira...
Uma história de paixão e intriga que transcorre no final da guerra contra Napoleão e nos elegantes salões de Londres, pela autora de Beijar Um Espião.

Capítulo Um

Que diabos estaria fazendo ela? Distraído, pensou Marcus Devlin. O muito honorável marquês do Carrington trocou sua taça vazia de champanhe por outra cheia, que tirou da bandeja de um lacaio que passava.
Afastou seus ombros da parede e se ergueu em toda sua altura para ver melhor o outro lado do abarrotado salão, ali onde estava a mesa de macao. Ela tramava algo. Ele sentia em cada um dos cabelos da nuca, completamente arrepiados.
Ela estava em pé, atrás da cadeira de Charlie, movendo o leque em lentos balanços frente à parte inferior de seu rosto. Inclinou-se para frente sussurrando algo no ouvido de Charlie, a suntuosa curva de seus seios e a funda sombra da fenda entre eles se revelou no decote de seu vestido de noite.
Charlie a olhou e lhe sorriu com o suave sorriso tolo do primeiro amor juvenil. Não era de estranhar que seu jovem primo tivesse caído rendido aos pés da senhorita Judith Davenport, refletiu o marquês.
Quase não havia homem em Bruxelas que não se sentisse excitado por ela: criatura de contrastes, vibrante, transbordante, de aguda inteligência... Mulher que de um modo indefinível representava um desafio para um homem, que em um instante colocava a prova o valor de um homem e no seguinte era mansa como uma gatinha, que provocava em um homem desejos de levantá-la em seus braços e embalá-la, protegê-la da tormenta...
Bobagens românticas! O marquês reprovou a si mesmo duramente por se parecer com seu primo e com a metade dos jovens soldados que passeavam orgulhosos em seus uniformes pelos salões de Bruxelas, enquanto o mundo esperava que Napoleão fizesse seu seguinte movimento.
Fazia já várias semanas que observava como Judith Davenport tecia seus feitiços, estava convencido de que a moça seguia com toda clareza um protocolo específico. Entretanto, não conseguia descobrir do que se tratava.
Pousou o olhar sobre o jovem que estava sentado em frente de Charlie. Sebastian Davenport tinha a banca. Belo como a irmã, a sua maneira, estava sentado descuidadamente na cadeira, tanto em sua forma de vestir como em sua postura, irradiava uma estudada indiferença.
Do outro lado da mesa, ria ao mesmo tempo em que embaralhava as cartas.
O ânimo que reinava nessa mesa era descontraído, o que sempre acompanhava aos Davenport. Era de supor que esse era um dos motivos da popularidade de ambos...
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OUTRA CAPA

Um comentário:

  1. Um bom romance, casal de personalidade forte! Teve romance, aventura, surpresa. Super recomendo!!!

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