Seguidores

sábado, 21 de fevereiro de 2015

PASSADO DE SOMBRAS



Um homem nas sombras...

Ninguém conhece a verdade sobre Marshall Ross, o misterioso lorde de Ambrose.
Ele evita o convívio com a sociedade, decidido a não permitir que seu terrível segredo venha à tona...
Uma mulher desesperada...
Só mesmo o desespero poderia levar Davina McLaren a um castelo em Edimburgo para tornar-se esposa de um homem que ela nunca viu.
Atormentada pelo escândalo, sem escolha, ela fez uma barganha com o demônio, e agora precisa dividir a cama com ele...
Uma paixão como eles nunca viram igual!
Do momento em que se vêem pela primeira vez, Davina e Marshall são abalados por uma atração inesperada.
Mas a paixão não pode protegê-los dos pecados do passado.
Com um inimigo de Marshall fechando cada vez mais o cerco, e tudo o que eles mais prezam em risco, ele e Davina têm de lutar para preservar a paixão que não podem mais negar!...

Capítulo Um

1870, Edimburgo, Escócia
O dia do casamento estava lindo e claro.
Um brilhante céu azul pairava sobre Edimburgo. A brisa era tépida, o ar carregava o frescor da primavera.
Havia silêncio na praça, nenhum barulho perturbava a serenidade da mais fortuita das manhãs. Até o brilho do sol aprovava as núpcias entre o conde de Lorne e Davina McLaren. À janela, a noiva observava o dia.
Sua emoção predomi­nante não era nem antecipação e nem medo. Davina McLaren estava muito irritada.
Sua tia, a mulher que orquestrara aquele fiasco de casamen­to, estivera ausente nos últimos três dias.
Justamente quan­do o furor das costureiras chegava a níveis insuportáveis, Theresa pegara um trem para Londres.
E por fim, ela chegara em casa na noite anterior, clamando exaustão e prometendo explicações para a manhã seguinte.
Contudo, aquela não era a maior origem do aborrecimen­to de Davina e sim o fato de que ainda não tinha conheci­do seu noivo.
Em tempos tão modernos, ela continuava a ser tratada como uma peça de mobília.
A situação era muito desagradável.
Nenhuma das mulhe­res que ela conhecia havia se casado daquela maneira.
Todas elas tinham conhecido seus futuros maridos meses antes do casamento.
Como seria a aparência de um homem apelidado de demô­nio?
O que havia feito para ser rotulado com tal apelido?
O demônio de Ambrose. Sem dúvida, devia ter cabelo preto.
E talvez penetrantes olhos negros, nariz grande e um queixo pontudo.
Provavelmente suas orelhas eram esticadas em um ângulo apontando para cima.
Como seriam os filhos que certamente teriam? Filhos! Deus do céu, filhos!
Aquela seria sua noite de núpcias, e ela teria de se despir na presença de um estranho e permitir que ele fizesse aquilo com ela.
Graças a Alisdair e a sua própria tolice, ela sabia muito bem o que aconteceria na noite do seu casamento.
Alisdair Cannemot, o aventureiro, conhecedor de mulheres e espoliador de inocentes. Bem, talvez a descrição não estivesse intei­ramente correta.
Se ele a deflorara, tinha sido com sua inteira cooperação.
Fora para seu cadafalso armada de curiosidade e não apenas de uma ligeira antecipação, logo suplantada por uma surpreendente realidade.
Davina estava errada em atribuir a Theresa a culpa por aquele casamento.
Apesar de ser verdade que sua tia aceitara o pedido do conde de imediato, também era fato que ela esta­va completa e indignamente arruinada, e talvez aquela fosse a única oferta de casamento que receberia.
A possibilidade de ser uma solteirona era quase tão desconcertante quanto ser casada com um homem que ainda não conhecia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário