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sábado, 21 de fevereiro de 2015

POR AMOR...


Por Amor...



Felizes para sempre...

Miranda era uma das poucas jovens da sociedade que acreditavam no amor verdadeiro, e não pretendia se casar por fortuna ou por título de nobreza.

Ela faria qualquer coisa para promover o amor, até mesmo confrontar o homem cuja desaprovação impedia seu irmão de cortejar a moça a quem ele amava.

No entanto, o impetuoso encontro de Miranda com Simon Watterly, o duque de Kerstone, teve consequências bem diferentes das que ela pretendia...


Pois, quando aquele nobre cínico percebeu que a reputação dela ficara comprometida depois do encontro entre ambos, ele insistiu em nada menos do que casamento. E de repente, a grande defensora dos finais felizes de contos de fadas viu-se noiva de um homem que não acreditava no amor... Contudo, Miranda não desistiria de seu sonho de Cinderela, nem de fazer do charmoso e atraente Simon o seu príncipe encantado...

Capítulo

Londres, 1832
Simon Watterly olhou ao redor do salão de baile apinhado, tentan¬do não demonstrar que estava entediado.
Havia sido educado para cumprir seu dever em relação ao nome da família e a não desonrá-la comportando-se inadequadamente.
Prometera ao duque.
E Simon sempre cumpria suas promessas e seu dever.
Que farsa!
Na verdade, era um amargo consolo saber que aquela noite seria a última vez que teria de fingir ser o que aquelas pessoas pensavam que ele era.
E o que ele próprio acreditara ser, até a noite anterior, quando ouvira as palavras de sua mãe ao seu pai moribundo... Seu pai não, o duque de Kerstone.
Naquele instante, sua vida desmoronara.
Se o duque, em seu leito de morte, não tivesse arrancado dele a promessa de não destruir a reputação da família... Mas isso era irrelevante.
O duque parecia tão frágil e abatido enquanto implorava, os pálidos olhos azuis marejados de lágrimas, os dedos esquálidos e trêmulos exercendo uma leve pressão no pulso de Simon...
Não podia negar aquela promessa ao homem que chamara de pai a vida inteira, mas haveria de encontrar um modo de contorná-la, se um matador ou alguma batalha sangrenta não o fizessem por ele, como acontecera com seu irmão mais velho, que ele jamais conhecera.
Seu legítimo irmão mais velho, morto pela explosão de um canhão na França quando Simon ainda era um bebê.
Simon virou-se com um sobressalto ao sentir uma mão em seu ombro.
— Desculpe se o assustei, primo, — Giles Grimthorpe fez um discreto movimento com a cabeça em direção às pessoas que dançavam.
— Não gostaria de fazer uma pequena aposta para agitar um pouco esta noite enfadonha?
— Que tipo de aposta?
— Uma sedução.
Simon olhou para o primo, que sorria, sem dúvida esperando um pequeno sermão.
Mas ele teria uma surpresa.
Uma hora antes, enquanto ajustava a gravata diante do espelho no hall da casa de seus pais, Simon prometera a si mesmo que faria o que estivesse ao seu alcance para destruir a imagem que todos faziam dele, de rapaz direito e bem-comportado.

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