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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

SÉRIE OS STOKEHURTS


O Anjo da meia-noite

Série Os Stokehurts




A cidade inteira exigia sua morte. Seria executada ao amanhecer acusada de assassinato.

As provas eram determinantes, tinham encontrado Tasia coberta de sangue ao lado do cadáver do seu prometido, o príncipe Mikhail. Mas Tasia não se lembrava de nada.
Graças à ajuda de uma criada consegue fugir encontrando refúgio na Inglaterra como professora da filha de lorde Stokehurst.
Sua vida dá um giro de 180 graus. Adeus à rica herdeira comprometida com um príncipe de sangue real, destinada a reinar sobre uma legião de criados. Agora a criada era ela e devia servir a um homem acostumado a obter tudo o que deseja incluindo a própria Tasia.
E ela não era indiferente ao charme de seu chefe.
Poderia fugir eternamente de seu passado e dos ditames de seu coração?

Capítulo Um


Londres, Inglaterra
Lady Ashbourne retorcia as mãos com nervosismo.
- Tenho uma ótima noticia para lhe dar Luke, encontramos uma dama para ser a governanta de Emma. Uma maravilhosa jovem, inteligente e com uma educação irretocável perfeita em tudo. Tem que vê-lo por ti mesmo.
Lorde Lucas Stokehurst, marquês de Stokehurst sorriu com ironia.
- Eis o motivo por ter sido convidado a vir aqui hoje. E eu que acreditei que era por minha encantadora conversa.
Fazia cerca de meia hora que estava bebendo chá e falando tolices no salão dos Ashbourne no Queen´s Square.
Charles Ashbourne, seu melhor amigo desde que estudaram juntos em Eton, era um homem encantador, dotado com um estranho talento: sempre via o melhor de cada pessoa, qualidade que não compartilhava Luke. Ao saber que seu amigo estava passando o dia em Londres o tinha convidado a lhe visitar quando acabasse com seus compromissos.
Assim que pôs os pés em sua casa, Luke soube que queriam lhe pedir um favor.
- É perfeita - repetiu Alice - Não é verdade Charles?
Charles assentiu com entusiasmo.
- Certamente querida.
- Saiu tudo tão mal com a governata anterior - continuou Alicia - que tentei encontrar uma boa substituta. Sabe o muito que quero a sua filha e o muito que ela se lembra de sua mãe.
Titubeou um momento.
- OH Deus, não queria te recordar a Mary!
O sombrio rosto de Luke continuou imperturbável. Tinham passados vários anos desde a morte de sua mulher, mas ainda sofria quando alguém pronunciava seu nome. E seria assim até o último dia de sua vida.
- Continue – disse em tom neutro – Fala-me desse modelo de virtudes.
- Chama-se Karen Billings, embora tenha vivido a maior parte de sua vida no estrangeiro, escolheu viver na Inglaterra. Viverá conosco até que lhe encontremos um trabalho adequado. Em minha opinião, é o bastante amadurecida para proporcionar a Emma toda a disciplina que necessita, e ao mesmo tempo é o bastante jovem para ganhar a simpatia da menina. Assim que a veja compreenderá que é exatamente o que necessita, estou segura disso.
- Muito bem.
Luke terminou seu chá, esticou suas longas pernas e disse:
- Me mande suas referências, darei uma olhada assim que tenha tempo.
- Bem… há um pequeno problema.
- Um pequeno problema? - repetiu Luke levantando as sobrancelhas.
- Não tem nenhuma carta de recomendação.
- Nenhuma?
O pescoço de Alicia se tingiu de rosa por cima das rendas do vestido.
- Prefere não falar de seu passado. Por desgraça não posso te dizer por que, mas confie em mim.
Depois de um breve silêncio Luke começou a rir.
Era um homem bonito de uns trinta e cinco anos com o cabelo negro e os olhos muito azuis. Entretanto seu rosto era mais atrativo por sua virilidade que por sua beleza, a expressão de sua boca era severa e seu nariz um pouco maior do que o habitual. Tinha o sorriso levemente irônico de um homem que não leva a si mesmo a sério e eram muitos os que tentavam imitar seu cínico encanto. Quando ria como agora, a alegria não alcançava realmente a seus olhos.
- Já ouvi o bastante Alicia. Certamente deve ser uma excelente governanta, um tesouro. Assim espero que outra família se aproveite desta joia.
- Antes de te negar, fale ao menos com ela.
- Não. Só me resta Emma e quero o melhor para ela.
- Miss Billings é a melhor.
- Só é uma protegida sua - objetou Luke com ironia.
- Charles…

Lisa Kleypas - O Príncipe Dos Meus Sonhos

LIVRO
Título: O Príncipe dos Meus Sonhos
Autor: Lisa Kleypas
Série: Os Stokehurst 02
Título Original: Prince Of Dreams
Tema: Era Vitoriana
Sinopse: Como em qualquer conto que se preze, um príncipe, perigoso e rude se apaixona por uma linda princesa que já está prometida a outro homem. Nicolas terá que conquistar seu coração e também aprender a amar. Terá que tomar seu destino e assumir o controle de sua vida.
Príncipe Nicolas, um homem rico, indescritível e guerreiro, lamenta não possuir um dom especial para conquistar uma dama, pois só é capaz de seduzir Emma com tenacidade e duras ameaças. Além disso, o amor de Emma não produz nenhuma mudança em seu coração de gelo.
No entanto, uma súbita paixão começa a modificar de repente sua atormentada natureza ... Nicolas finalmente encontrará o êxtase que sempre escapava ... e aprenderá a amar.




Capítulo Um

Londres, 1877
- Estas esperando a alguém? - disse uma voz de homem rompendo o silêncio que reinava no parque.
Tinha um ligeiro acento russo que a Emma parecia encantador e melodioso. Voltou-se com fingida indiferença e viu o príncipe Nicolas surgindo das sombras.
Com sua pele bronzeada, seu espesso e loiro cabelo e seu imprevisível caráter, Nicolas parecia mais um tigre que um aristocrata. Emma nunca tinha conhecido uma mescla tão perfeita de beleza e ferocidade. Conhecendo sua reputação sabia que devia lhe temer. Mas também sabia dominar aos animais selvagens. Frente a uma fera quão último teria que fazer era demonstrar que se tinha medo. Assim, relaxou-se e se sentou mas comodamente no banco de pedra que estava em um isolado rincão da enorme propriedade.
- Em qualquer caso não é a ti - respondeu secamente - O que faz aqui?
- Tinha vontades de dar um passeio - declarou com um largo sorriso deixando ver uns dentes brilhantes.
- Preferiria que te passeasse em outra parte. Tenho um encontro.
- Com quem? - perguntou o príncipe deslizando as mãos em seus bolsos sem deixar de dar voltas ao redor dela.
- Vá - te Nicolas.
- Me responda.
- Vá - te!
- Com que direito me dá ordens? Esta é minha casa, querida menina.
Nicolas se deteve uns passos dela, era muito alto e um dos poucos homens aos quais Emma não ultrapassava em altura. Suas mãos eram grandes e seus ombros largos, uma sombra escondia seu rosto deixando sozinho à vista o brilho dourado de seus olhos.
- Não sou uma menina, sou uma mulher.
- Já o vejo - disse brandamente Nicolas.
Seus olhos se passearam pelo corpo da jovem olhando com detalhe as curvas escondidas sob um singelo vestido branco. Como de costume não levava nada de maquiagem. Seu cabelo, de um magnífico tom avermelhado com reflexos de bronze e canela, estavam recolhidos para cima em um coque mas algumas mechas rebeldes lhe acariciavam a cara e o pescoço.
- Estas encantadora esta noite - disse ele.
- Me economize seus galanteios! - respondeu Emma rindo - como muito sou bonita e sei muito bem. Não vale a pena me fazer machuco na cabeça com forquilhas e me comprimir as costelas com um espartilho até o ponto de não poder respirar. Eu gostaria mas poder passear todos os dias com botas e calças como os homens. Quando não se pode ser formosa é melhor não insistir.
Nicolas não a contradisse, mas tinha uma opinião completamente distinta nisso. O encanto único da Emma sempre lhe tinha fascinado. Era uma mulher decidida, cheia de energia, com uns maçãs do rosto altos, uma boca sensual e um nariz cheia de sardas. Era magra e tão alta que Nicolas só a ultrapassava por uns centímetros.
Pareciam feitos um para o outro e entretanto ninguém parecia dar-se conta. Mas Nicolas por sua parte sabia desde por volta de anos, desde que se viram pela primeira vez. Emma era então uma menina amalucada com uma cabeleira de fogo.
Aos vinte anos se converteu em uma jovem cuja franqueza lhe chegava à alma. Recordava às mulheres que tinha conhecido na Rússia, mulheres de caráter que se pareciam muito pouco às insípidas européias que freqüentava desde fazia sete anos.
Consciente de seu insistente olhar Emma lhe fez uma careta um pouco infantil.
- Dá-me igual ser vulgar - afirmou isso - hei tido a oportunidade de comprovar que a beleza pode converter-se em um terrível inconveniente. Agora, de verdade, é preciso que vá Nicolas. Estando você perto nenhum homem se atreverá a acercar-se a mim.
- Seja quem é que esperas, não ficará mais tempo que os outros.
- Este sim- lançou ela com desafio.
- Alguma vez ficam - insistiu ele com desenvoltura - Rechaças a todos à medida que se apresentam, por que o faz?
Emma avermelhou violentamente e apertou os lábios. A flecha tinha acertado o alvo. Para já três temporadas que tinha sido apresentada em sociedade, se não se comprometia logo seria rapidamente considerada com um caso desesperado e acabaria sendo uma solteirona.
- Não sei porque necessito um marido - replicou - Eu não gosto da idéia de pertencer a alguém. Deve pensar que sou muito pouco feminina, não é assim?
- Parece-me muito feminina.
- É um elogio ou te está burlando por mim? - perguntou ela arqueando suas douradas sobrancelhas - contigo sempre é difícil sabê-lo.
- Nunca rio de ti Emma. De outros sim, mas de ti nunca.
Ela emitiu um suspiro de perplexidade.
Nicolas se aproximou dela, ficando sob a luz.
- Agora vais voltar comigo para dentro e te reunirá com os outros convidados. Além de ser o anfitrião, sou primo longínquo teu, não posso te deixar aí fora sem acompanhante.
- Não tente alegar um parentesco longínquo entre nós, só é um parente de minha madrasta, nós não temos nenhum vínculo de sangue.
- Somos primos por aliança - insistiu ele.
Emma esboçou um sorriso. Como membros da mesma família podiam falar sem fingimentos, chamar-se por seus nomes e conversar sem necessidade de um acompanhante.

                         

Um comentário:

  1. Esses dois livros são incríveis! Confesso que não botei muita fé quando vi a apresentação do segundo, mas ele é tão incrível quanto o primeiro. A única coisa ruim é a tradução, mas a história é tão boa, que a gente até esquece os erros do texto.

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