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terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

CATIVA DO EMIR


CATIVA DO EMIR 
por Kayra Marck (Autor) 




 Príncipe Adnan Al-Makki, um líder determinado de Makaristan, que se vê diante de uma tarefa crucial: fortalecer as relações com os Estados Unidos e atrair investimentos estrangeiros para sua nação. Acompanhado por sua talentosa intérprete, Dara Grant, Adnan enfrenta uma série de desafios diplomáticos em Nova York, onde cada negociação é uma batalha pela estabilidade econômica de seu país.


Enquanto as negociações se desenrolam, Adnan e Dara desenvolvem uma conexão especial, uma ligação que transcende as fronteiras políticas. No entanto, o destino coloca um obstáculo em seu caminho: para garantir o apoio dos líderes americanos, Adnan é pressionado a concordar com um casamento de conveniência com Shadia Al-Baghdadi, uma aliança estratégica que ameaça separá-lo de Dara.


Enquanto Adnan se debate com o peso de suas responsabilidades políticas e o desejo do coração, outro drama se desenrola nos bastidores. O general Said Al-Noury, um homem de astúcia e lealdade inabaláveis, é convocado pelo sábio patriarca de Makaristan, Sheik Omar Al-Makki, para encontrar uma solução para o dilema político que ameaça a estabilidade do país.


Determinado a preservar a aliança política a qualquer custo, o general Al-Noury concebe um plano ousado: o sequestro de Dara. Esta manobra perigosa é destinada a romper os laços emocionais entre Adnan e sua intérprete, forçando-o a aceitar a aliança política arranjada. No entanto, nas sombras dos corredores palacianos, o general Said Al-Noury, uma figura imponente e leal a Makaristan, encontra-se envolvido em sua própria batalha emocional. Enquanto supervisiona os eventos que se desenrolam, sua determinação e astúcia são testadas quando ele se vê inexplicavelmente atraído pela encantadora Dara Grant.


O amor proibido que floresce em seu coração é uma complicação perigosa, uma vez que ele é um homem comprometido com seus deveres para com a nação e a família real. A atração entre ele e Dara é como um fogo selvagem, ardendo em segredo enquanto ele luta para manter sua lealdade inabalável a Makaristan.


Apesar de suas responsabilidades e das consequências potencialmente devastadoras, Said encontra-se cativado pela presença de Dara, seu espírito forte e sua determinação incansável. Cada olhar furtivo, cada encontro casual, alimenta o fogo de sua paixão proibida, lançando-o em um turbilhão de emoções conflitantes.

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PRÓLOGO


Dara


Perdida em pensamentos e emoções conflitantes, sigo em direção à minha casa, as palavras de Adnan sobre a necessidade de uma conversa particular ecoando na minha mente, criando um turbilhão de incertezas.

As perguntas se multiplicam em minha mente.

Será que Adnan pretende se comprometer comigo?

E, se decidirmos seguir em frente juntos, será possível encontrarmos a felicidade, mesmo que isso signifique desafiar sua própria família?

E muito mais que isso, o que realmente sinto por ele?

São inúmeras as questões que rodopiam em minha cabeça, e o temor diante do desconhecido se apodera de mim.

Ao chegar em casa, uma sensação de que algo está errado me invade imediatamente. Meu pai, normalmente a personificação da vivacidade e da alegria, está ali, no centro da sala, com uma expressão vazia, como se estivesse perdido em outro mundo, como se ele tivesse recebido alguma notícia triste.

Meu coração acelera, e uma sensação de pavor toma conta de mim. Minha voz, trêmula, mal consegue escapar dos meus lábios quando pergunto:

— O que aconteceu?

O silêncio na sala é opressivo, e uma sensação de instabilidade parece pairar no ar, como se a própria realidade estivesse desmoronando.

De repente, um homem alto, e devo dizer, lindo e intimidante, emerge das sombras, vestido com roupas árabes e um turbante elegantemente preso aos seus cabelos.

Seus olhos penetrantes da cor do mel, cínicos, me investigam. O rosto é másculo, quadrado coberto por uma barba semicerrada.

Seus músculos poderosos o tornam ainda mais imponente. Sua presença é avassaladora, e a tensão no ambiente torna-se quase insuportável.

Nunca me deparei com um homem tão marcante, tão másculo, tão diferente.

Meu coração dispara de um modo que nunca senti, uma mistura de fascínio e apreensão diante dessa figura enigmática.

Nesse momento, três homens surgem silenciosamente por detrás dele. A sala está mergulhada em um clima de mistério e tensão.

— O que está acontecendo? Quem é você? — Minha voz sai trêmula, enquanto meus olhos se encontram com os dele. Neles, percebo determinação, mas também uma sombria obscuridade que me faz recuar instintivamente. Um arrepio percorre minha espinha, e meu coração bate freneticamente enquanto espero sua resposta.

— Eu sou aquele que moldará o curso de sua vida, e não será suave ou previsível. Eu sou o tecelão do seu destino — suas palavras são gélidas e repletas de ameaça, e o medo toma conta de mim.

Meu pai desfalece nesse momento, e o misterioso homem o segura imediatamente, enquanto seus homens o conduzem até o sofá. Com pressa, eu me sento ao lado do meu pai, preocupada com seu estado.

O homem avança na minha direção, seu olhar frio perfurando minha alma e minha mente, e eu me sinto frágil e vulnerável diante dele.

Ele dá um sorriso irônico, enquanto lança sobre mim seu olhar penetrante e com uma voz carregada de desprezo, diz:

— Você realmente acreditou que o príncipe Adnan Al-Makki se interessar por alguém como você? Ele é um homem destinado a governar, a cumprir seus deveres reais, e você não passa de uma distração temporária em sua vida. Você não tem lugar no mundo dele e eu estou aqui para acabar com essa encenação.

O desdém em suas palavras me atinge em cheio, e a cruel realidade da situação se desdobra diante de mim. Sua arrogância e presunção me dão raiva.

Quem é ele para decidir o futuro de alguém?

Minhas mãos tremem enquanto eu me levanto do sofá e reúno coragem para responder:

— Talvez você tenha razão. Talvez eu seja apenas uma pequena luz na vastidão de seu destino grandioso. No entanto, o que é a vida senão uma série de momentos preciosos? Eu prefiro ser essa breve distração em sua vida do que... — minha voz vacila por um momento, mas então eu termino com determinação —...do que uma força sombria que tenta controlar o destino dos outros como você. E se for para ser apenas uma memória passageira, que pelo menos seja uma memória inesquecível.

Digo tudo com meu nariz erguido, contudo acredito que Adnan, mesmo em meio a seu dilema e às pressões políticas, me enxergou como algo mais do que uma mera distração em sua vida. Seus sentimentos são reais, e agora enxergo o dilema que ele está enfrentando com a presença desse homem e não permitirei que esse brucutu ou qualquer um tente desvalorizar o que compartilhamos. Meu coração está pronto para lutar, e eu não recuarei diante desse desafio.

O bárbaro com seu olhar gélido e sorriso cruel, parece perceber que não será tão fácil assim subjugar minha determinação. Eu não sou uma marionete em seu jogo, e minha voz ecoa com a força da minha convicção.

Nossas palavras são como espadas, e a sala se torna o campo de batalha de nossos princípios.

— Está certo, pequena luz, mas isso acaba hoje, aqui.

—Sinto te dizer, mas isso é algo que eu e Adnan decidiremos.

—Filha! —meu pai diz angustiado, tentando brecar minhas palavras.

Mas eu continuo:

—Posso ser hoje apenas uma pequena estrela em seu universo escuro, mas quem sabe sou aquela que brilhará com intensidade na vida de Adnan, ofuscando todas as outras?

O homem se aproxima de mim com passos lentos, seu olhar penetrante desafiando minha resolução. Mas eu permaneço firme, determinada a proteger a liberdade de escolha de Adnan e a minha própria. Não vou ceder ao poder de alguém que busca impor sua vontade sobre nós.

— Você é corajosa, pequena estrela, mas o mundo é um lugar complexo, e o destino nem sempre segue o caminho que desejamos. Se você acha que pode estragar o casamento do príncipe com a Shadia Al-Baghdadi, está prestes a descobrir o quão implacável pode ser a realidade. Desejar não é poder pequena estrela e seu sonho em ser princesa acabou. Porque eu estou disposto a garantir que o príncipe siga o seu caminho, o destino que Makaristan precisa.

A ameaça em suas palavras reverbera no ar, mas eu me recuso a ser dominada pelo medo. Encaro-o com firmeza, respondendo com a mesma determinação:

— O destino de Adnan não pode ser ditado por ameaças ou por quem busca controlar sua vida. Se ele escolher um caminho diferente, será por vontade própria, não por coerção. Você pode ter suas próprias ambições políticas, mas não usará Adnan como peão em seu jogo. Ele é um ser humano com seus próprios desejos e escolhas, e eu o respeito o suficiente para não permitir que seu destino seja manipulado.

Os homens ao redor, ainda em silêncio, observam a troca intensa de palavras entre nós. Meu pai, mesmo debilitado, lança-me um olhar de preocupação. A sala torna-se uma arena de resistência, onde a batalha não é apenas pelo amor, mas pela autonomia e liberdade de Adnan.

O homem arrogante solta uma risada cínica, desdenhando da minha ousadia.

— Você é ingênua se acha que pode desafiar os destinos traçados pelas linhas do poder. Makaristan precisa de um líder forte, e o príncipe Adnan é a peça fundamental nesse jogo. Você, pequena estrela, não passa de uma distração passageira. Pode continuar sonhando em ser princesa, mas isso é um conto de fada, a realidade vai despedaçar suas ilusões.

Ele me presenteia com um sorriso gélido, realçando ainda mais sua beleza. Em seguida, dá um passo na minha direção, aproximando-se perigosamente. Seu perfume requintado atinge meu olfato de forma avassaladora, fazendo-me estremecer por completo. Seus olhos, envoltos por longos cílios, permanecem fixos em mim, intensificados por seu sorriso.

O desgraçado é verdadeiramente belo!

Com determinação, ergo meu nariz.

—Sonho em ser princesa? O que sinto por Adnan ultrapassa esse desejo! Adnan é um homem maravilhoso, gentil, sensato e é isso que tem me ligado a ele—de repente digo apaixonadamente, mas algo me diz que mais impera em mim é a vontade de contrariar esse homem que se julga dono do mundo —e saiba que não sou uma marionete a ser controlada pelos outros. Meu destino é meu e Adnan merece escolher o dele.

Minhas palavras saem como um grito de independência, um protesto contra o controle implacável que esse homem, tenta exercer sobre nossas vidas. Sinto que é minha responsabilidade lutar pelo que acredito, pela autenticidade dos sentimentos de Adnan e por minha própria dignidade. Meu pai, apesar de seu choque inicial, parece perceber que estou disposta a lutar por aquilo em que acredito, não importa quais sejam as consequências.

Meu pai, agora desperto para a gravidade da situação grita comigo em nossa língua:

—Filha, pare com isso! Said Al-Noury é Emir, General do exército do sheik Omar e você não sabe do que esse homem é capaz. Deus!

Vejo o terror nos olhos do meu pai, mas é tarde.

—Tudo bem, você não me deixou escolhas. Eu não pensei que fosse chegar a esse ponto, mas lembre-se você pediu isso! —Said diz.

—Eu? Pedi o quê?

Ele ergue as mãos e estala os dedos e seus homens se aproximam de mim, e tudo acontece muito rápido. A sensação de picada no pescoço, então minha mente turva e minha visão fica embaçada e logo a escuridão se fecha ao meu redor.

O medo e o pânico me dominam enquanto desfaleço.



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