Seguidores

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

BEIJADA PELAS SOMBRAS





Lady Philippa Nielson não se lembra do que aconteceu em seu aposento em plena noite, nem conhece o perigoso enredo que ameaça sua vida.


Mas um leve toque da mão de um misterioso desconhecido e um simples olhar de seus inteligentes olhos cinzentos bastam para que Pippa se sinta unida a quem deveria ser seu mais notório inimigo.
Quem é esse homem que parece saber sobre sua vida mais que ela mesma?
Lionel Ashton foi designado como guardião de Pippa e do segredo que ela, sem sabê-lo, guarda.


Mas o que Lionel sabe sobre Pippa porá a vida de ambos em grave perigo, enquanto caem sob o feitiço de uma atrevida sedução que os trasnformará em apaixonados foragidos e em legendários amantes.


Comentário revisora Rosângela Breda: No começo não entendi o livro, lá do capítulo quatro foi que eu comecei a entender que era tudo um complô político, que o marido dela era um fraco e ela uma heroína muito valente, quando aparece o mocinho muito sofrido também e que salva ela de um futuro incerto e com muito amor eles vencem tudo.



Capítulo Um


Palácio de Whitehall, Londres, agosto de 1554.


Pippa foi consciente do brilho da luz do sol inclusive antes de abrir os olhos, mas continuou deitada até que esteve totalmente acordada.
Antes que as sensações fossem evidentes, já sentiu a boca seca, os membros pesados e uma débil dor surda nas articulações.
Sempre que despertava depois do amanhecer se sentia assim.
Era pouco usual nela dormir até tarde.
Sempre tinha despertado antes do amanhecer, preparada para tudo o que lhe proporcionasse o novo dia, mas nas últimas semanas, desde o casamento da rainha com Felipe da Espanha, ficava assim nas manhãs nas que se levantava sentindo-se pesada e sem forças, com uma dor nos olhos que demorava até o meio do dia para desaparecer.
Moveu seu corpo devagar sobre o colchão de plumas.
Stuart estava ao seu lado. Não tinha se deitado na cama com ela na noite anterior, que era algo comum.
O aroma de vinho impregnava ainda seu fôlego e adivinhou que tinha amanhecido em companhia de seus amigos, das cartas e dos jogos de dados, aos que era viciado.
Virou-se de costas para ele, ainda pouco disposta a fazer soar a campainha para chamar sua criada e começar o tedioso processo de vestir-se para o dia.
Ao separar as pernas notou um ligeiro desconforto, uma viscosidade seca nas coxas.
«Por quê?», pensou irritada. «Por que Stuart só me faz amor quando estou adormecida?
» Neste sentido nunca se mostrou como uma mulher desinteressada.
De fato, nas primeiras semanas depois do casamento, fazia tudo que estava em sua mão para que o jogo amoroso na cama do casal acabasse sendo provocador e apaixonado.
«O entusiasmo de Stuart sempre foi muito limitado», refletia Pippa agora, «mas ao menos estive acordada em todas as ocasiões.
» Seu marido se removeu a seu lado e, com renovadas energias.
Pippa virou sobre si mesma, apoiando-se no cotovelo para contemplá-lo.
Inclusive dormindo, com aroma de vinho, era condenadamente bonito: formosos cachos sobre essa ampla testa de alabastro, grossas pestanas marrons como luas crescentes sobre suas altas maçãs do rosto, a tez dourada pelo sol.
Lorde Nielson era um ávido caçador, um homem ao que gostava tanto das atividades ao ar livre como das mesas de jogo.
Um homem que podia consumir suas forças sem aparentar moléstia alguma.
Como se desse conta do olhar analisador de sua esposa, abriu os olhos.
Uns olhos que tinham a íris da cor da água marinha e a parte branca tão clara como a de um menino.
A voz de Pippa soou irritada. —Por que não me despertou Stuart? Se queria fazer amor esta noite, por que não me acordou?
Ele a olhou desconcertado, estendendo uma mão para tocar o braço dela.
—Estava tão profundamente adormecida, Pippa...
                                                                                    BAIXAR

Nenhum comentário:

Postar um comentário