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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A CONCUBINA DE ROMA

A Concubina De Roma

No dia em que Domiciano é coroado como novo imperador, Roma lhe rende as maiores honras com a celebração de jogos no Coliseu. 

Um homem sentenciado a morrer dobra todos os guardas romanos. 



É Arius, o Bárbaro. Um desconhecido. 
No espetáculo, ele não só chama a atenção de Thea, uma bela escrava procedente da Judéia, adquirida pelo organizador de jogos mais famoso de Roma, como também de sua proprietária, Lépida Pollio, a caprichosa filha deste.Entretanto, o Bárbaro se apaixona por Thea e Lépida Pollio decide humilhada, vendê-la.
Ainda não sabe que o destino reservou a sua escrava, o que ela sempre desejou. 


Comentário revisora Ana Paula G.: Já quero avisar que este livro não é para todos os gostos. 
É bem realista, de acordo com a época em que se passa a história. 
Mas quem conseguir deixar de lado a visão ‘romanceada e irreal’ que a maioria das autoras dá aos personagens, vai se emocionar, como eu me emocionei com a história do Arius e da Thea, cheia de amor e desencontros! 
Bom, a Ceila não deixou mais nada pra contar..huahahahah...Eu adorei, gosto de ler livros que se passam nesta época histórica e são tão difíceis de encontrar. 
Com certeza, já estou me coçando pelo segundo da série, mas o que eu quero mesmo é ler o terceiro: o do Vix..huahhah E a minha amiga Ceila eu tenho que dizer: EU AMO O ARIUS!!!!! Sorry,miga, mas já coloquei ele na minha lista!!! Hauahha

Capítulo Um A

Abril, ano 82 D.C. 
A atmosfera na escola de gladiadores da Rua de Marte era de satisfação, camaradagem e masculinidade quando os cansados lutadores atravessaram suas portas. 
Dos vinte combatentes que tinham saído para participar dos jogos do Ceres, quatorze deles havia retornado com vida. 
Devido à tão bom desempenho, os vencedores caminhavam cheios de orgulho pelo estreito corredor iluminado por tochas, deixando suas armaduras nas cestas. 
Furei o grego justo na tripa, como uma obra de arte...
Notou como aquele Galo rompeu as costas do bastardo do Lápico? Já não voltará a colocar seu nariz onde não é chamado! 
Que má sorte teve o Teseo! Que tropeço! 
Arius depositou seu elmo de plumas na cesta, ignorando o escravo que o felicitava alegremente. 
As armas, é obvio, já haviam sido recolhidas, nada mais que acabar a luta.
— É seu primeiro combate? — Perguntou- um trácio falador lançando seu elmo na mesma cesta que Arius.
— Para mim também foi à primeira vez. Não foi mau, não é? 
Arius se abaixou para desatar as grevas das canelas.
— Lutou muito bem com o africano. — Seguiu dizendo o trácio.
 — Eu enfrentei um desses raquíticos gregos do Oriente... Sem problemas. Vamos ver se da próxima vez me toca lutar contra Belerofonte e por fim poder ganhar uma fortuna. 
Arius tirou a proteção de malha que protegia seu braço e a deixou na cesta, enquanto outros gladiadores foram entrando no enorme aposento das refeições, onde se sentavam entre conversas, nas mesas de cavalete e pegavam as ânforas de vinho. 
— Você é de poucas palavras, não? — Perguntou o trácio e deu uma cotovelada amistosa. — De onde você é? Eu cheguei da Grécia o ano passado... 
— Cale-se. — Exclamou Arius em seu pobre latim.
— O que? Afastando o trácio, Arius entrou no aposento e sem fazer caso das mesas com bandejas de pão e carne, pegou a primeira ânfora de vinho que encontrou e se dirigiu a outro corredor estreito e mal iluminando. 
— Não faça caso. — Ouviu outro lutador dizer ao trácio. — Ele é um bastardo amargurado.
O quarto de Arius nos barracões dos gladiadores era uma cela estreita e pobre: com paredes de pedra, uma cadeira, um tapete de palha e uma vela de sebo derretida.
Ele se sentou no chão, apoiando as costas na parede e esvaziou meia ânfora em longos goles.
O vinho barato deixava um gosto amargo na boca, mas não importava.
O vinho romano subia rápido à cabeça e isso era o que queria.
— Toe, toe! — Chamou uma voz diante da porta. — Não estará já dormido, querido? 
— Vá para o inferno, Galo!
— Muito bem! É essa a forma de tratar seu lanista? Seu amigo? 
Galo entrou na cela.
Gordo e de bochechas rosadas, ele usava a toga de um branco imaculado, anéis de ouro em todos os dedos e os cachos do cabelo lubrificados com azeite de magnólia.
Acompanhava-o um esbelto jovem vestido de seda. Galo era o proprietário da escola de gladiadores da Rua de Marte.
Arius soltou uma obscenidade e Galo se pôs a rir:
— Não, não, nada disso. Somente vim te felicitar pela grande estreia. Que forma de arrancar a cabeça daquele africano! Que dramatismo!
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