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sábado, 27 de dezembro de 2014

CORAÇÃO FERINO

Coração ferino
Deborah Simmons

Seu coração é amargurado, e ele não confia em ninguém.
Trovoadas recumbavam e relâmpagos cortavam o céu quando a srta. Sydony Marchant chegou a sua nova e imponente mansão. Além de ser linda e inteligente, ela não se deixaria intimidar com facilidade pelo aspecto sombrio do lugar.
Entretanto, se a casa não a assustara, a chegada do visconde Hawthorne certamente o faria. No lugar do menino que ela outrora havia beijado, estava Bartholomew, um homem com um brilho implacável no olhar.
Ele estava ali para revelar uma verdade, e arruinar Sydony. Mas logo se viram rodeados por segredos mais sinistros do que poderiam imaginar. E, à medida que a tensão entre os dois se intensificava, a lembrança daquele beijo inocente passou a não ser mais o suficiente...



Título original: The Dark Viscount


Capítulo Um

Com um olhar preocupado, Sydony observou as nuvens escuras deslizando pelo céu, ciente de que a tempestade se aproximando representava um mau presságio para a chegada deles ao novo lar. O céu parecia maior aqui, os elementos da natureza mais poderosos, ou talvez, fosse apenas a estranheza do campo que a estivesse incomodando ao olhar para fora da janela da carruagem. Seu irmão Kit diria que ela lê romances góticos em demasia, no entanto, não havia como negar que o destino deles era muito diferente da bela casa de tijolos que chamavam de lar por tanto tempo.
A triste verdade era que ela e Kit eram órfãos — não do tipo indigente forçado a procurar abrigo em asilos, mas mesmo assim, órfãos. A mãe havia falecido quando ainda eram pequenos, e era lembrada com muito carinho, embora não tanto assim. Mas o pai morrera há menos de um ano, e essa ferida ainda estava recente.
Uma depressão notavelmente profunda na estrada jogou Sydony de encontro ao irmão, e ela sentiu-se grata pela pre¬sença sólida de Kit. Desde o acidente, haviam aprendido a contar mais um com o outro, tanto por escolha quanto por necessidade. O pai havia sido um estudioso — um homem de livros,
não de negócios — e, desde a sua morte, eles haviam sido forçados a apertar os cintos.
Embora apenas dois anos mais velho do que Sydony, aos 19 anos de idade, Kit mantinha a cabeça no lugar. Jamais havia sucumbido à tentação de jogar ou beber em excesso como havia tornado tantos colegas tolos, pobres, ou coisa pior. Ele, às vezes, brincava com ela, dizendo que Sydony era o único bem real que possuíam, uma beldade que se daria muito bem no mercado casamenteiro, mas não tinham nem o dinheiro e nem a disposição para custear uma temporada em Londres.
De modo que permaneceram juntos, continuaram a pagar o aluguel da casa onde haviam morado com o pai. Mas, pouco após a morte dele, o proprietário havia insistido que pagassem mais. Aparentemente, estava desconfiado de duas pessoas jovens administrando a casa, e, para ser sincero, suas diversas fontes de renda e recursos estavam tendo os limites testados. Mas para onde ir?

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