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segunda-feira, 20 de julho de 2015

FAMÍLIA BERESFORD



Família Beresford
1– Me Ame, Canalha
2– Me Beije, Canalha
3- Seduzindo Um Canalha






Me Ame, Canalha


Ágata Martin é filha de um francês e uma nobre espanhola que se apaixonaram durante a guerra da Independência.

Repudiados por ambas as famílias, viram-se obrigados a levar uma vida mais que modesta na Espanha.
Christopher Beresford, agente da Coroa britânica, é filho do poderoso marquês de Whitam, que, em sua época, deixou mulher e filhos para ir combater na Espanha contra Napoleão.
A distante relação entre pai e filho transformou Christopher em um homem frio e amargurado que não acredita no amor. Quando conhece Ágata, encontra-se imerso em uma delicada missão para desmascarar um complô contra Fernando VII, o rei da Espanha.
Desde o primeiro momento, Ágata e Christopher se detestam tanto quanto se atraem, mas inesperadas circunstâncias os obrigarão a colaborar e fingir um amor que complicará suas vidas e o desenlace da missão.

Comentário revisora Ana Mayara: Eu amei o livro. O casal principal é perfeito um para o outro: um inglês frio e arrogante e uma espanhola-francesa encrenqueira e que sabe o que quer.
Os dois protagonizam cenas muito hilárias, detalhe para os lenços do mocinho. Os irmãos e o pai dele também são ótimos.
E o final, em minha opinião, foi lindo. Adorei!

Capítulo Um

Palácio de Westminster , 1830.
Christopher George Beresford olhava para Robert Jenkinson , sem piscar.
Os documentos que lhe entregara eram muito importantes, e, possivelmente por esse motivo, Robert tinha o rosto contraído de preocupação.
—Se estas assinaturas forem autênticas, enfrentamos um problema de enorme envergadura. — Robert deu vários passos que o levaram de forma inconsciente para a mesa de seu escritório — É necessário convocar uma reunião de caráter urgente com Arthur Wellesley .
Christopher fez uma leve inclinação com a cabeça.
A amizade que unia Robert e John, seu pai, tinha sido o que o fez decidir procurar sua ajuda.
Desde que o primo de sua meia-irmã Aurora havia lhe trazido os papéis da Espanha, mal podia conciliar o sonho.
—Mandei seguir a pista de um possível espião francês — disse, de repente, com um tom de voz controlado — O indivíduo tinha os documentos em seu poder. Um amigo de minha família os recuperou na cidade espanhola de Córdoba. Robert optou por sentar-se na fofa poltrona acolchoada. —Não me importaria absolutamente que derrubassem o monarca espanhol — asseverou, com voz firme — mas há políticos ingleses que estão conspirando para fazê-lo efetivo, e isso pode nos levar a um conflito de interesses com nosso aliado.
Christopher meditou um momento as palavras do conde de Liverpool .
Se os espanhóis chegassem a descobrir que nobres ingleses conspiravam na Espanha para derrubar o rei Fernando, a relação entre ambos os países poderia romper-se e ficar muito danificada para alianças futuras. Para a Inglaterra, convinha manter os pactos e acordos com a coroa espanhola, mas tudo podia ir à ruína, se os partidários de
Carlos obtivessem seu objetivo: derrubar Fernando.
No mês de maio desse mesmo ano, o rei da Espanha publicara a Pragmática Sanção, que derrogava a Lei Sálica e que permitia às mulheres acessar ao trono espanhol, na ausência de herdeiros varões.
O decreto fora originalmente aprovado em mil setecentos e oitenta e nove, mas nunca se promulgou de forma oficial até essa data.
O motivo estava muito claro: María Cristina de Borbón, quarta esposa de Fernando, tinha-lhe dado uma filha, Isabel, e com o nascimento da menina, Carlos María Isidro de Borbón fora deslocado na linha de sucessão ao trono, mas os apostólicos continuavam apoiando os direitos de sucessão de Carlos, em detrimento da infanta Isabel, ao considerar ilegal a Pragmática Sanção.
Mas o mais preocupante de tudo era que começavam a tramar a favor de Carlos e a obter resultados satisfatórios.
—Acredita que é possível que os carlistas possam tomar as armas contra o rei Fernando? — A pergunta de Christopher fez com que Robert o olhasse, fixamente.
—A Espanha ainda se ressente do conflito bélico que teve com a França anos atrás, de modo algum lhe interessa uma nova disputa pelo trono entre partidários de Fernando e de Carlos — respondeu Robert, ao mesmo tempo em que baixava os olhos para olhar os documentos.
Passava as folhas com autêntica surpresa.
—Se houver mais nobres implicados — comentou Christopher — terá de lidar com eles.




Me Beije, Canalha

Série Familia Beresford



Andrew Robert Beresford é o libertino mais famoso de todo o sul da Inglaterra.

Suas conquistas são escândalos contínuos em Whitam Hall, e além disso, produzem uma terrível dor de cabeça no patriarca dos Beresford.
É um conquistador, e nenhuma mulher é capaz de resistir a seu olhar e sorriso maliciosos.
Rosa de Lara e Guzmán acredita na liberdade e na igualdade de todo o ser humano e, para escapar da tirania do duque de Fortaleza, planeja a forma de seduzir o jovem inglês que lhe roubou o coração: Andrew Beresford.
Sua alegria e sua impulsividade lhe mostram um mundo que ignorava que existisse, entretanto a guerra está a ponto de estourar...

Comentário revisora Déia : Como eu tinha uma enorme curiosidade sobre o final do primeiro livro, estava louca pra ler este do Andrew..rsrsrs.
A heroína realmente é chatinha, meio metida.Mas o Andrew supera as expectativas.Muito sedutor e como a Ana Mayara também acho que o ‘conquistador’ dos Beresford merecia coisa melhor.
Enfim, é livrinho!!!Boa leitura!! Ansiosissima pelo terceiro da série!

Capítulo Um

Condado de Hampshire, Inglaterra, 1835.
Um dedo masculino percorria o contorno das costas nua da mulher.
Desenhou uma flor e continuou a descida até a curva do quadril.
Ela moveu a cintura, ao sentir a cócega do dedo brincalhão, mas não mudou sua postura lânguida.
—É um homem travesso. — A voz feminina soou ansiosa — Mas eu adoro tudo o que me faz. — Andrew sorriu de forma maliciosa, enquanto lhe acariciava a curva do quadril de forma muito mais atrevida
— E é insaciável. — Suas palavras o fizeram estreitar os olhos, durante alguns segundos.
À sua mente, acudiu uma lembrança que lhe resultou extremamente dolorosa: a imagem de uma mulher que significara tudo para ele, e que, em pagamento pelos profundos sentimentos que albergava por ela, tinha-o usado a seu desejo e logo o deixado, sem se importar nem um pouco com o amor que lhe professava. Piscou para tentar afastar o sentimento de desgosto que o embargara, durante uns instantes.
Sua companheira notou a leve hesitação de sua mão em sua pele e apoiou os cotovelos no colchão para olhá-lo.
Seus azuis olhos brilhavam com um desejo que não tinha diminuído nem um pouco nessa tarde libidinosa.
—Não deve preocupar-se, meu marido não chegará até manhã.
Sua voz apagou em Andrew a lembrança, mas, assim que ela terminou de dizer essas palavras, ouviu-se a carruagem que tomava o caminho de entrada à mansão.
As rodas moviam os seixos no caminho e os lançavam contra as esculturas que adornavam o percurso até a casa. O som resultava inconfundível.
—Charles terá adiantado sua volta! — A voz da mulher soou assustada, mas Andrew lhe piscou os olhos um olho para tranquilizá-la.
Ouviram o grito do chofer, que deteve os cavalos em frente à porta principal. Andrew recolheu suas roupas espalhadas pelo chão a toda velocidade.
Vestiu primeiro as calças e, sem fechar os botões da camisa, a pôs também, assim como as botas.
—Detesto ter de deixar você de forma tão apressada, mas devo ir. — A mulher o beijou nos lábios, que ele abriu para ela de maneira premeditada.
—Sentirei saudades, amor, não duvide. Até que a veja de novo, o tempo será eterno e tedioso.
Andrew lhe segurou o queixo, para aprofundar seu beijo de despedida.
—Nos veremos durante a próxima viagem de seu marido. Avançou até o balcão e abriu a alta janela.
Por fortuna, uma das paredes do amplo quarto dava a um jardim lateral; a distância até o seguinte balcão não era muita, e a trepadeira parecia resistente.
Era fácil deslizar por ela e cruzar o jardim até a taipa, para depois saltá-la.
Tinha-o feito infinidade de vezes. Sabia que era arriscado manter uma relação com lady Hill, mas a impetuosidade da dama era uma tentação que não podia resistir.
Embora cada vez fosse mais difícil manter encontros clandestinos, e temia ter chegado o momento de terminar a aventura e passar a outras reservas ainda não exploradas.
Agarrou a trepadeira e assegurou os pés, à medida que ia baixando; a camisa aberta enganchou em um espinheiro, e Andrew soltou uma maldição em voz baixa, quando teve de rasgar o tecido, mas já havia chegado quase ao final e salvou a distância, até o chão para logo pôr-se a correr em direção oposta à casa. Já podia ver o muro e a árvore por onde tinha de subir.
Tinha o cavalo preso do outro lado. Deu um salto e apoiou o pé direito na parede para dar impulso e agarrar um galho grosso.
O cálculo fora perfeito, porque o peso de seu corpo o fez oscilar sobre sua cabeça e pôde segurá-lo com a outra mão sem dificuldade. Balançou-se, até que conseguiu elevar-se e ficar dobrado sobre o galho.
Em questão de segundos, sentou-se nela a escassos centímetros da borda do muro; de onde estava, podia ver sua montaria, que pastava tranquilamente à luz da lua.
Então, Andrew girou o rosto para a casa e viu a silhueta feminina através da janela aberta; esqueceu-se de fechá-la.
Contemplou o rosto irado de lorde Hill e a forma possessiva em que agarrou o braço de sua mulher e a arrastou até o leito. Imaginou o que viria a seguir e, de repente, sentiu remorsos.
Soube que tinha de recomeçar.




Seduzindo Um Canalha

Série Familia Beresford





Claire soube, pelo olhar que dedicou a ela, que Guillermo estava fora de si.

Não controlava a cólera nem o sentimento ferido de seu coração.
Ela o tinha desafiado ao limite. Havia provocado uma ferida mortal, sem embargo, necessitava, como o ar que respirava, a ação reprovável que ia receber dele graças a sua manipulação, e assim, a ansiada liberdade do jugo matrimonial.
À medida que avançava, Guillermo ia se despojando de sua roupa. Claire fechou os olhos e se encomendou a Deus frente a seu último sacrifício, ainda que ela ignorasse os desígnios da vida e sua forma de cobrar as ofensas cometidas.

Queria mais que nada no mundo sua liberdade. Acima dos filhos.
Acima do amor que lhe professava seu esposo. E ia encontrar-se com a liberdade tão ansiada.
Capítulo Um

Levantou o rosto e fechou os olhos. Entreabriu os lábios para receber o beijo ansiosamente desejado.
Percebeu as mãos fortes nos seus ombros e o coração ameaçou sair do peito. Apenas um roçar suave, efêmero, como se não fosse nada. Os lábios dele estavam mornos sobre os seus, e ela, em um impulso, esmagou a boca e introduziu a língua e a moveu como se buscasse algo. Notou com perfeita clareza o gemido de surpresa dele e o muro que levantou entre os dois, deixando-a desolada.
Entreabriu as pálpebras e o que viu encheu seus olhos de lágrimas.
Thomas estava horrorizado, como se na sua frente tivesse uma serpente a ponto de morder-lhe e não uma garota buscando um beijo. O rapaz recordou perfeitamente as advertências de sua mãe sobre Clara Luna. Sua inclinação pecaminosa, sua atitude indolente e, o mais preocupante, sua falta de moral. Ele acreditou que poderia trazê-la de volta ao caminho da virtude. Resgatá-la da lama do pecado em que estava enterrada, mas havia se equivocado completamente. A Eva tentadora que tinha na sua frente lhe oferecia sua maçã do pecado para contaminar sua alma e ele não podia permitir.
—Por que...? — O rapaz não pode continuar a pergunta — Estás maldita e perdida — assegurou com grave censura na voz. — Tenho que ir!
—Espera Thomas, não!
Mas nada pode fazer para impedir que se fosse. A garota tapou o rosto com as mãos enquanto cedia ao pranto mais humilhante. Lhe ardiam as bochechas pela vergonha. Sentia uma angústia no peito que apenas lhe permitia respirar. Escutou o galope do cavalo que já ia se perdendo na distância e deixando para trás uma nuvem de poeira.
Estava mortificada. Sumida em uma esmagadora autocompaixão.
«Como fui tão estúpida para permitir que me julgasse?», pensou ao mesmo tempo que varria as lágrimas de sua bochecha com os nós dos dedos. «Porque sou uma pecadora impenitente e me comporto como uma meretriz», se recriminou com dureza. «Por isto pode me julgar, porque mereço.»
E recordou vivamente quando anos atrás um grupo de rapazes zombou dela quando brincava no rio. Rasgaram suas roupas acusando-a de ser uma selvagem. Sua natureza sensível e forma de ver as coisas a aprisionaram com um estigma que não havia desaparecido com o tempo nem com seu esforço por parecer com sua mãe. Jamais a haviam aceitado entre eles e Thomaz acaba de demonstrar isto.
Apenas um deslize no rio e já não podia limpar a mancha sobre seu nome. Piscou várias vezes para clarear a visão e olhou adiante a nuvem de poeira que levantavam os cascos do cavalo no galope enquanto ele se afastava dela. Thomas Scott não girou a cabeça uma única vez para olhá-la. Logo seria apenas um ponto na distância e uma recordação constante de sua natural inclinação para o pecado.
—Te disse que era um pusilânime e um covarde, mas não me escutaste.
A garota girou sobre si mesma e olhou com tristeza o rosto do rapaz que lhe falava. Mike era franco, leal e o melhor amigo que tinha. —Não é um pusilânime

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